Cautela de frigoríficos limita reajustes no preço do suíno ao produtor

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     Porto Alegre, 6 de agosto de 2021 – Os suinocultores encontraram dificuldades para obtenção de reajustes no preço do quilo vivo ao longo da primeira semana de agosto. O analista de SAFRAS & Mercado, Allan Maia, destaca que os frigoríficos atuaram com cautela nas negociações, aguardando maior fluidez no escoamento da carne. “A oferta de animais se mostra ajustada frente à demanda, o que garantiu a sustentação das cotações do quilo vivo”, explica.

     Maia salienta que há expectativa em torno de um avanço na reposição entre atacado e varejo nos próximos dias, com a maior capitalização das famílias e o alto preço da carne bovina. Por outro lado, os suinocultores seguem preocupados com o custo do arraçoamento animal cada vez maior, deixando as margens operacionais bastante apertadas nesse momento.

     Levantamento de SAFRAS & Mercado apontou que a média de preços do quilo do suíno vivo na região Centro-Sul do Brasil subiu 0,57%, de R$ 6,30 para R$ 6,34. A média de preços pagos pelos cortes de pernil no atacado avançou 0,12%, de R$ 11,60 para R$ 11,61. A carcaça registrou um valor médio de R$ 9,93, aumento de 0,13% frente ao valor registrado no começo do mês, de R$ 9,91.

     Maia sinaliza que as exportações da carne suína em julho foram positivas. As exportações de carne suína “in natura” do Brasil renderam US$ 231,885 milhões em julho (22 dias úteis), com média diária de US$ 10,540 milhões. A quantidade total exportada pelo país no período chegou a 92,844 mil toneladas, com média diária de 4,220 mil toneladas. O preço médio ficou em US$ 2.497,60.

     Em relação a julho de 2020, houve alta de 26,55% no valor médio diário da exportação, ganho de 7,55% na quantidade média diária exportada e valorização de 17,66% no preço médio. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços e foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

     A análise semanal de preços de SAFRAS & Mercado apontou que a arroba suína em São Paulo passou de R$ 133,00 para R$ 135,00. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo seguiu em R$ 5,70. No interior do estado a cotação mudou de R$ 6,50 para R$ 6,60.

     Em Santa Catarina o preço do quilo na integração seguiu em R$ 5,90. No interior catarinense, a cotação prosseguiu em R$ 6,60. No Paraná o quilo vivo mudou de R$ 6,45 para R$ 6,55 no mercado livre, enquanto na integração o quilo vivo permaneceu em R$ 5,70.

     No Mato Grosso do Sul, a cotação em Campo Grande continuou em R$ 5,80, enquanto na integração o preço seguiu em R$ 5,70. Em Goiânia, o preço se manteve em R$ 6,90. No interior de Minas Gerais o quilo do suíno permaneceu em R$ 7,00. No mercado independente mineiro, o preço continuou em R$ 7,20. Em Mato Grosso, o preço do quilo vivo em Rondonópolis foi mantido em R$ 5,70. Já na integração do estado o quilo vivo seguiu em R$ 5,70.

     Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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