Frigoríficos de carne suína seguem cautelosos e reticentes, com ambiente acirrado

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carne suína

Porto Alegre, 17 de março de 2023 – A semana teve queda predominante tanto do quilo vivo quanto dos principais cortes de carne suína do atacado. O ambiente de negócios envolvendo o vivo pouco mudou na semana, seguindo acirrado e com frigoríficos cautelosos e reticentes quanto a preços, avaliando os níveis de estoques e a evolução aquém do esperado da carne no atacado.

Segundo o Analista de SAFRAS & Mercado, Allan Maia, o consumo na ponta final tende a perder força até o fechamento do mês, devido a descapitalização das famílias. “Isso deve impactar na reposição e dar pouco espaço para recuperação dos preços”, destaca.

Ainda de acordo com o analista, os suinocultores apontam que a oferta não está desequilibrada e os animais não estão pesados. Contudo, contam com poder de barganha comprometido.

“Esse cenário traz apreensão entre os suinocultores, uma vez que o custo de produção permanece elevado, mantendo as margens pressionadas”, finaliza Maia.

Preços

Levantamento de SAFRAS & Mercado apontou que a média de preços do quilo do suíno vivo no país recuou 0,74% na semana, passando de R$ 6,78 para R$ 6,73. A média de preços pagos pelos cortes de pernil no atacado caiu de R$ 11,72 para R$ 11,63, retração de 0,79%. A carcaça teve desvalorização de 1,00%, passando de R$ 10,63 para R$ 10,52.

A análise semanal de preços de SAFRAS & Mercado apontou que a arroba suína em São Paulo teve baixa de R$ 145,00 para R$ 144,00. Na integração do Rio Grande do Sul, o quilo vivo teve alta de R$ 5,60 para R$ 5,80. No interior do estado, se manteve em R$ 7,05.

Em Santa Catarina o preço do quilo na integração teve avanço de R$ 5,60 para R$ 5,80. No interior catarinense, a cotação continuou em R$ 7,00. No Paraná, o quilo vivo teve declínio de R$ 7,10 para R$ 7,00 no mercado livre, enquanto na integração o quilo vivo permaneceu em R$ 5,40.

No Mato Grosso do Sul, a cotação em Campo Grande teve diminuição de R$ 6,90 para R$ 6,75 e na integração aumento de R$ 5,50 para R$ 5,70. Em Goiânia, o preço recuou de R$ 7,70 para R$ 7,50. No interior de Minas Gerais o quilo do suíno caiu de R$ 8,00 para R$ 7,70. No mercado independente o preço retraiu de R$ 8,20 para R$ 7,80. Em Mato Grosso, o preço do quilo vivo em Rondonópolis teve baixa de R$ 6,90 para R$ 6,70. Já na integração do estado, o quilo vivo teve elevação de R$ 5,50 para R$ 5,70.

Exportações

As exportações de carne suína “in natura” do Brasil renderam US$ 84,346 milhões em março (8 dias úteis), com média diária de US$ 10,543 milhões. A quantidade total exportada pelo país no período chegou a 34,867 mil toneladas, com média diária de 4,358 mil toneladas. O preço médio ficou em US$ 2.419,00.

Em relação a março de 2022, houve alta de 33,1% no valor médio diário, ganho de 18% na quantidade média diária e avanço de 12,8% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

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Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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