Porto Alegre, 17 de janeiro de 2025 – A semana registrou preços firmes tanto no quilo vivo quanto nos principais cortes de carne suína do atacado. Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Iglesias, o mercado acompanha o cenário das proteínas concorrentes, considerando a preferência da população por proteínas mais acessíveis.
Além disso, Iglesias pontua que os custos de nutrição animal também exigem estratégia por parte dos consumidores, em linha com o comportamento dos preços do milho nos últimos dias.
Vale pontuar, contudo, que a demanda tende a ser mais difícil no trimestre, com efeitos sazonais, como a elevação do nível de despesas das famílias (pagamento de impostos, materiais escolares etc.) e pelas temperaturas elevadas.
Deste modo, como destacou o analista Allan Maia na semana anterior, um alto fluxo de exportações deve seguir sendo importante para o ajuste da disponibilidade e para a formação dos preços no interior do país no período.
Preços
A análise semanal de preços de Safras & Mercado apontou que a arroba suína em São Paulo valorizou de R$ 150,00 para R$ 152,00. Na integração do Rio Grande do Sul, o quilo vivo subiu de R$ 6,35 para R$ 6,50 e no interior do estado foi de R$ 8,00 para R$ 8,15.
Em Santa Catarina, o preço do quilo na integração subiu de R$ 6,45 para R$ 6,55 e no interior catarinense de R$ 7,70 para R$ 7,80. No Paraná, o preço do quilo vivo registrou avanço de R$ 7,70 para R$ 7,80 no mercado livre e, na integração, de R$ 6,45 para R$ 6,55.
No Mato Grosso do Sul, a cotação em Campo Grande teve alta de R$ 7,50 para R$ 7,60 e, na integração, de R$ 6,40 para R$ 6,50. Em Goiânia, os preços registraram valorização de R$ 7,50 para R$ 7,80. No interior de Minas Gerais, os preços ficaram em R$ 8,00 e, no mercado independente, em R$ 8,10. Em Mato Grosso, o preço do quilo vivo em Rondonópolis teve estabilidade de R$ 7,45 e, na integração do estado, permaneceu em R$ 6,45.
Exportações
As exportações de carne suína “in natura” do Brasil renderam US$ 78,746 milhões em janeiro (7 dias úteis), com média diária de US$ 11,249 milhões. A quantidade total exportada pelo país no período chegou a 32,302 mil toneladas, com média diária de 4,614 mil toneladas. O preço médio ficou em US$ 2.437,8.
Em relação a janeiro de 2024, houve alta de 35,4% no valor médio diário, avanço de 21,2% na quantidade média diária e alta de 11,7% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.
Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Safras News
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