Porto Alegre, 20 de agosto de 2025 – Uma subvenção econômica de R$ 12 por cada tonelada de cana produzida no Norte-Nordeste, já concedida durante o governo Dilma para socorrer 27 mil canavieiros diante de grave seca, pode ser uma saída para o governo Lula, no Plano Brasil Soberano (MP 1309), com objetivo de mitigar os impactos derivados da taxação de Donald Trump às exportações de etanol e o fim da cota de isenção a uma parte do açúcar produzido nessas regiões.
A proposta foi defendida pelas entidades do setor, como a Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco (AFCP) e a União Nordestina dos Plantadores de Cana (Unida), e apresentada pelo deputado federal Meira (PL-PE) e pelo senador Efraim Filho (União-PB) através de emendas à MP nesta terça-feira (19).
“O emprego dos 130 mil trabalhadores dos 27 mil canavieiros dessas regiões, sendo 80% destes da agricultura familiar, serão afetados sem tal medida emergencial do governo”, dizem os parlamentares na emenda.
A subvenção poderá ser concedida de forma direta aos produtores para mitigar as perdas futuras no preço da cana em decorrência da taxação de 50% da cota americana existente ao açúcar produzido e exportado por usinas dessas regiões aos EUA. “Foi assim durante várias safras nos governos Lula e Dilma”, diz Alexandre Andrade Lima, presidente da AFCP.
Além da forma direta em favor do canavieiro comprovadamente afetados pela taxação, a emenda também sugere que a subvenção pode ser liberada por meio de programas de preços mínimos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). As fontes para o pagamento da subvenção incluiriam o Fundo de Garantia à Exportação; Banco do Brasil e BNDES, com estrutura de apoio regional; Ministério de Agricultura, programa de assistência técnica; e/ou pela Conab.
Com informações de assessoria de imprensa
Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) / Safras News
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