Porto Alegre, 3 de maio de 2024 – O mercado brasileiro de soja teve um mês de abril de negócios moderados e com preços mais altos. A alta do dólar sobre o real e a melhora dos prêmios de exportação garantiram a alta, que foi limitada pela queda dos contratos futuros na Bolsa de Mercadorias de Chicago (ABCOT).
A saca de 60 quilos subiu de R$ 121,00 para R$ 123,00 em abril. Em Cascavel (PR), a cotação avançou de R$ 116,00 para R$ 123,00. Em Rondonópolis (MT), o preço se elevou de R$ 113,00 para R$ 115,00. No Porto de Paranaguá, a cotação passou de R$ 125,00 para R$ 130,00.
O câmbio foi o principal motivador para a melhora nos referenciais. A moeda americana assumiu um novo patamar em abril, permanecendo acima dos R$ 5,00. Externamente, o sentimento de que os juros nos Estados Unidos permanecerão altos por mais tempo ajudou a elevar o dólar. No Brasil, as preocupações com o quadro fiscal ajudaram a sustentar a moeda.
O dólar comercial acumulou no mês passado uma valorização de 3,55%, batendo em R$ 5,19 no final de abril. Durante o mês, a moeda chegou a atingir os maiores patamares em mais de um ano.
Na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT), os contratos com vencimento em julho tiveram desvalorização de 3% e encerraram abril a US$ 11,63 por bushel. O mercado segue pressionando por fatores fundamentais e também sente a pressão do mercado financeiro global.
O plantio avança sem maiores problemas nos Estados Unidos. Além disso, em função dos preços mais atrativos, a demanda se concentra no produto da América do Sul, em detrimento da soja americana.
Com dólar e títulos do tesouro americano remunerando bem, o clima é de aversão ao risco e o capital flui para estes investimentos, deixando as commodities, inclusive as agrícola, em um segundo plano.
Dylan Della Pasqua / Safras News
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