Porto Alegre, 29 de dezembro de 2020 – A Câmara de Representantes dos Estados Unidos votou ontem de última hora a favor do envio de cheques de estímulo de US$ 2,0 mil a muitos norte-americanos em vez dos pagamentos originais de US$ 600 descritos no projeto de auxílio ao coronavírus aprovado no domingo pelo presidente do país, Donald Trump.
Os legisladores resolveram analisar a proposta depois que Trump criticou o projeto, mesmo após aprová-lo, dizendo que os pagamentos de cheques US$ 600 eram baixo demais.
Na Câmara, o projeto de aumento dos cheques conquistou 275 votos a favor e 134 votos contra, com 44 republicanos se juntando a quase todos os democratas no apoio, excedendo os dois terços exigidos pelos procedimentos.
A legislação aumenta o valor dos cheques para US$ 2 mil, de US$ 600 por adulto e por criança para indivíduos com renda bruta ajustada abaixo de US$ 75 mil por ano. Uma família de quatro pessoas que se qualifica para os pagamentos receberia US$ 8,0 mil com a proposta.
Os pagamentos maiores, impulsionados por uma coalizão incomum de líderes democratas e do presidente republicano, agora vão para o Senado, onde seu destino é incerto.
O líder da maioria no Senado, Mitch McConnell, não comentou se vai aceitar o projeto. Ele deve falar no plenário do Senado hoje, e os senadores devem retornar a Washington no final desta semana para votar a anulação do veto do projeto de Lei de Autorização de Defesa Nacional.
Para pressionar a questão, o senador independente Bernie Sanders disse ontem que atrasaria a votação para anular o veto do projeto de defesa, a menos que o Senado realizasse uma votação sobre o pagamento de cheques U$ 2 mil. O senador democrata Ed Markey juntou-se a ele. Os senadores não podem atrasar a votação para sempre, mas podem retardar o processo, empurrando-o para o feriado de Ano Novo.
Muitos senadores republicanos se opuseram ao aumento dos cheques, que devem acrescentar várias centenas de bilhões de dólares ao custo do pacote de ajuda de US$ 900 bilhões que Trump sancionou no domingo.
O líder da minoria no Senado, o democrata Chuck Schumer planeja pedir apoio unânime para o projeto amanhã, o que significa que ele não será aprovado se um republicano fizer objeções.
“O líder McConnell deve garantir que os republicanos do Senado não impeçam de ajudar a atender às necessidades dos trabalhadores norte-americanos e famílias que clamam por ajuda”, disse Schumer em um comunicado.
Os republicanos que se opõem ao aumento do valor dos pagamentos diretos apontaram para o custo de tal projeto e disseram que o Congresso deveria se concentrar em maneiras de reabrir totalmente os negócios para aumentar a demanda por empregos. Com informações da Agência CMA.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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