Porto Alegre, 21 de dezembro de 2022 – A Bolsa de Mercadorias de Nova York (Ice Futures US) para o café arábica encerrou as operações desta quarta-feira com preços mais altos.
Os preços voltaram a subir em linha com a valorização do petróleo e de outros mercados. A baixa do dólar contra o real voltou a dar suporte às cotações. A desvalorização da moeda americana deixa os embarques brasileiros menos competitivos, desestimulando os produtores a vender.
O mercado também avaliou no dia os números divulgados na terça-feira pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), reduzindo a estimativa de superávit na oferta global em 2022/23.
A produção mundial de café em 2022/23 deverá totalizar 172,8 milhões de sacas de 60 quilos, com aumento de 6,6 milhões de sacas em relação à safra 2021/22. A estimativa é do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em seu relatório semestral sobre a produção global. O USDA diminuiu sua estimativa em relação ao relatório de junho, quando apontava a safra mundial 2022/23 em 174,95 milhões de sacas.
O consumo total de café em 2022/23, segundo o USDA, deverá atingir 167,9 milhões de sacas, com incremento de 800 mil sacas sobre 2021/22. Assim, o USDA aponta um superávit na oferta global (produção menos consumo) de 4,9 milhões de sacas. Esse número é bem inferior ao superávit previsto em junho (7,9 milhões de sacas).
Para março, o mercado bateu na máxima em 170,35 centavos, e fechou abaixo novamente de 170 centavos, mostrando uma resistência a ser vencida.
Os contratos com entrega em março/2023 fecharam o dia a 169,35 centavos de dólar por libra-peso, alta de 1,55 centavo, ou de 0,9%. A posição maio/2023 fechou a 169,05 centavos, valorização de 1,45 centavo, ou de 0,9%.
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Lessandro Carvalho (lessandro@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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