O dia foi agitadíssimo nos mercados com a invasão russa na Ucrânia, com uma guerra deflagrada, e o café também foi abalado nas bolsas de futuros. A apreensão de que o conflito possa afetar a economia global e prejudicar a demanda pelo café pressionou as cotações em NY, que também apresentou movimentos de realização de lucros.
O andamento do conflito no Leste da Europa deve continuar no radar e influenciar as oscilações de preços, aponta o consultor de SAFRAS & Mercado, Gil Barabach. “No lado fundamental devem começar a aparecer novos números de safra brasileira 2022 ao longo das próximas semanas, especialmente na segunda quinzena de março. Esses números podem ajudar a consolidar os cenários já traçados ou mexer um pouco com os sinais de mercado”, indica.
A leitura preliminar é de consolidação da safra brasileira, diz Barabach. “O clima nesse começo de ano é favorável às lavouras de café. Assim, o que ainda está em discussão é a perda de potencial da safra brasileira 2022 por conta das adversidade climáticas do ano passado”, avalia.
Os contratos com entrega em maio/2022 fecharam o dia a 237,90 centavos de dólar por libra-peso, baixa de 9,65 centavos, ou de 3,9%. A posição julho/2022 fechou a 236,90 centavos, desvalorização de 9,45 centavos, ou de 3,8%.
Lessandro Carvalho (lessandro@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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