Café tem dia de poucos negócios e preços fracos

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     Porto Alegre, 15 de junho de 2020 – O mercado brasileiro de café teve uma segunda-feira de preços fracos, de estáveis a mais baixos, e poucos negócios. A volatilidade no câmbio, com o dólar fechando em alta, e as perdas do arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) determinaram a pouca variação nas cotações domésticas no dia e negociações apenas pontuais.

     No sul de Minas Gerais, o café arábica bebida boa ficou em R$ 475,00/480,00 a saca, estável. No cerrado mineiro, preço de R$ 480,00/485,00, inalterado.

     Já o café arábica “rio” tipo 7 na Zona da Mata de Minas Gerais, com 20% de catação, teve preço de R$ 355,00/360,00 a saca, contra R$ 360,00/365,00 anteriormente. O conilon tipo 7 em Vitória, Espírito Santo, teve preço de R$ 325,00/330,00 a saca, contra R$ 330,00/335,00 do dia anterior.

Nova York

     A Bolsa de Mercadorias de Nova York (Ice Futures US) para o café arábica encerrou as operações desta segunda-feira com preços mais baixos.

     Em mais uma sessão volátil, NY deu sequência à trajetória negativa e aprofundou as recentes perdas, testando níveis mais baixos. Em parte do dia, o café seguiu a baixa do petróleo. Mas, o petróleo reagiu e NY no arábica continuou no terreno negativo. A entrada da safra brasileira segue como fator baixista, com expectativa de produção recorde. Isso traz tranquilidade ao abastecimento global.

     A alta do dólar contra o real no Brasil foi aspecto também baixista, trazendo competitividade às exportações do país. Além disso, o mercado passa por um período de rolagem de contratos de julho para setembro, ante a proximidade do período de notificação de entregas do contrato julho. Setembro é o foco no momento.

    O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou relatório ao final da semana passada trazendo justamente tranquilidade quanto ao abastecimento de café. O USDA indicou que o mercado internacional deverá ter em 2020/21 um superávit na oferta contra a demanda de 9,8 milhões de sacas (produção de 176,1 milhões de sacas e consumo de 166,3 milhões de sacas).

     Os contratos com entrega em julho fecharam o dia a 94,00 centavos de dólar por libra-peso, com baixa de 1,20 centavo, ou de 1,3%. A posição setembro fechou a 95,90 centavos, perda de 1,10 centavo, ou de 1,1%.

Câmbio

     O dólar comercial encerrou a sessão de hoje com alta de 1,88%, sendo negociado a R$ 5,1410 para venda e a R$ 5,1390 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,0810 e a máxima de R$ 5,2250.

    Lessandro Carvalho (lessandro@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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