Café tem dia de altas no Brasil seguindo NY

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     Porto Alegre, 24 de março de 2020 – O mercado físico brasileiro de café apresentou preços mais altos nesta terça-feira. As cotações avançaram acompanhando a forte puxada das cotações na Bolsa de Nova York (ICE Futures US). O dia foi de negociações regionalizadas, com algumas cooperativas aproveitando para vender na alta. Poucos compradores chegaram na base de interesse de preço do vendedor. A comercialização normalmente envolveu volumes pequenos, com a cautela prevalecendo.

    No sul de Minas Gerais, o café arábica bebida boa ficou em R$ 590,00/595,00 a saca, contra R$ 580,00/585,00 de ontem. No cerrado mineiro, preço de R$ 600,00/605,00, contra R$ 590,00/595,00 do dia anterior.

     Já o café arábica “rio” tipo 7 na Zona da Mata de Minas Gerais, com 20% de catação, teve preço de R$ 410,00/415,00, contra R$ 400,00/405,00 anteriormente. O conilon tipo 7 em Vitória, Espírito Santo, teve preço de R$ 327,00/330,00 a saca, estável.

Nova York

     A Bolsa de Mercadorias de Nova York (Ice Futures US) para o café arábica encerrou as operações desta terça-feira com preços acentuadamente mais altos.

     Foi a quinta sessão consecutiva de alta. Desde o dia 17, há uma semana, o contrato maio acumula valorização de 22,4%. A bolsa testou ao longo do dia a importante resistência em US$ 1,25 a libra-peso e rompeu o patamar, fechando levemente acima deste nível.

     O café foi na esteira do dia em geral mais positivo e otimista nos mercados em meio à pandemia do coronavírus e de todos os temores envolvidos, na economia, especialmente. As bolsas de valores subiram, o petróleo avançou bem, outras commodities acompanharam, com o índice de commodities CRB subindo, e o café acompanhou. A queda do dólar contra o real e outras moedas estimulou o movimento comprador para o café.

     Segundo o consultor de SAFRAS & Mercado, Gil Barabach, o mercado testa a resistência de 125 cents, que rompida dá novo fôlego ao movimento de alta no mercado. O mercado cambial assimila o pacote trilionário dos EUA e as medidas de aumento de liquidez do Fed (banco central norte-americano), com intuito de aliviar o impacto do coronavírus.

     Os contratos com entrega em maio/2020 fecharam o dia a 125,60 centavos de dólar por libra-peso, com valorização de 4,35 centavos, ou de 3,6%. Julho fechou a 125,40 centavos, elevação de 3,40 centavos, ou de 2,8%.

Câmbio

     O dólar comercial encerrou a sessão de hoje com baixa de 1,01%, sendo negociado a R$ 5,0840 para venda e a R$ 5,0820 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,0440 e a máxima de R$ 5,1000.

    Lessandro Carvalho (lessandro@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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