A Bolsa Internacional de Finanças e Futuros de Londres (ICE Futures Europa) para o café robusta encerrou as operações desta terça-feira com preços mais baixos.
O mercado recuou em linha com a desvalorização do arábica na Bolsa de Nova York. O sentimento de uma oferta mais tranquila para o robusta, diante de uma boa safra brasileira, com colheita evoluindo bem, e da entrada também do robusta da Indonésia no mercado pesam sobre as cotações. Além disso, são boas as indicações climáticas para a safra do Vietnã, que será colhida ao final do ano.
Mas, as perdas foram reduzidas por correções técnicas, frente a sinais de um mercado sobrevendido, após recentemente bater nos níveis mais baixos em torno de 16 meses.
De modo geral, o mercado segue atento às notícias em torno da taxação de 50% por parte dos Estados Unidos das importações brasileiras, que entra em vigor em 01 de agosto. O ritmo das exportações do Brasil diminuiu nos últimos meses e os agentes esperam para ver se a tarifa de 50% sobre os embarques para os Estados Unidos será imposta efetivamente na sexta-feira.
Há um lobby da indústria do café americana e do Congressional Coffee Caucus dos EUA tem feito lobby para que o café seja excluído das tarifas, alegando que elas criarão desafios para o setor, pois não há substitutos viáveis (para o café brasileiro). Tenta-se excluir o café da regra por ser um produto natural não existente/não produzido nos EUA.
“A implementação dessa taxa (tarifa de 50%) não só levará a uma interrupção parcial nos fluxos comerciais de café ao redor do mundo como também pode reduzir o consumo dos EUA. Mas não está claro se essa taxa entrará em vigor nessa data ou se haverá uma exceção para o café”, afirmou o Rabobank em nota. As informações partem da Reuters.
A posição setembro/2025 do robusta em Londres fechou o dia a US$ 3.345 a tonelada, baixa de US$ 13, ou de 0,4%. Novembro/2025 fechou a US$ 3.290 a tonelada, desvalorização de US$ 18, ou de 0,5%.
Lessandro Carvalho – lessandro@safras.com.br (Safras News)
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