Porto Alegre, 22 de maio de 2025 – A Bolsa de Mercadorias e Futuros de Nova York (ICE Futures US) para o café arábica encerrou as operações desta quinta-feira com preços acentuadamente mais baixos.
As cotações caíram e atingiram os patamares mais baixos em mais de um mês, com a mínima para julho batendo em 359,20 centavos de dólar por libra-peso, nível mais baixo desde 14 de abril. O arábica em NY acompanhou a desvalorização do robusta em Londres e também foi pressionado pelas perdas do petróleo.
A sazonalidade da entrada da safra brasileira, com a colheita evoluindo com clima favorável nas principais regiões, é aspecto baixista. E isso mesmo com as indicações de uma safra prejudicada pelo clima desfavoravelmente seco e quente em 2024 e também em períodos no começo de 2025.
Dados da Associação Brasileira da Indústria do Café (ABIC) mostrando queda no consumo de café no Brasil em abril e no quadrimestre são um fator negativo para as cotações. Segundo a ABIC, o O consumo de café no Brasil caiu quase 16% em abril, em relação a igual mês de 2024, em meio à disparada de preços no varejo.
O café ficou 80% mais caro em 12 meses até abril para o brasileiro, a maior inflação em 30 anos, segundo o IBGE. No acumulado do ano, entre janeiro e abril, as vendas do grão caíram 5,13%, em relação ao mesmo período de 2024, para 4,7 milhões de sacas de 60 quilos. Os dados da ABIC são referentes às vendas do varejo, que representam de 73% a 78% do consumo interno.
Os contratos com entrega em julho/2025 fecharam a 360,75 centavos de dólar por libra-peso, com desvalorização de 9,55 centavos, ou de 2,6%. A posição setembro/2025 fechou a 358,65 centavos, com queda de 8,80 centavos, ou de 2,4%.
Lessandro Carvalho (lessandro@safras.com.br) / Safras News
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