A Bolsa de Mercadorias e Futuros de Nova York (ICE Futures US) para o café arábica encerrou as operações desta sexta-feira com preços mais baixos.
NY teve uma sessão de correção técnica e realização de lucros para encerrar a semana. A boa evolução da colheita no Brasil também foi aspecto baixista, além da alta do dólar contra o real e outras moedas. Ainda assim, a semana encerrou com ganho acumulado no contrato setembro de 6%. O mercado encontrou suporte na semana nas preocupações com os impactos da tarifa de 50% do governo Donald Trump às importações do Brasil a partir de 01 de agosto.
O contrato setembro chegou a ter ganhos, batendo na máxima do dia em 310,50 centavos. Mais uma vez a linha de 310 centavos mostrou-se uma resistência técnica e psicológica muito importante. Vale lembrar que nas duas sessões anteriores (dias 16 e 17), a máxima foi exatamente para setembro de 309,95 centavos.
Por outro lado, a mínima foi de 299,85 centavos para setembro, o que se mostra um suporte importante também para o mercado, acima da linha de 300 centavos. Mas, as demais posições, mais distantes, todas encerraram abaixo dos 300 centavos.
Os trabalhos de colheita do café no Brasil avançaram bem na última semana, novamente favorecidos pelo clima mais seco em grande parte das regiões cafeeiras. Segundo levantamento semanal de Safras & Mercado, até o dia 16 de julho, 77% da safra 2025/26 de café do Brasil já havia sido colhida, o que representa um avanço de 8 pontos percentuais em relação à semana anterior. O ritmo segue bastante acelerado, superando o registrado no mesmo período do ano passado (74%) e também a média dos últimos cinco anos (20202025), que é de 69% para esta época do ano.
Os contratos com entrega em setembro/2025 fecharam a 303,60 centavos de dólar por libra-peso, com desvalorização de 3,60 centavos, ou de 1,2%. A posição dezembro/2025 fechou a 295,95 centavos, com perda de 2,75 centavos, ou de 0,9%.
Lessandro Carvalho – lessandro@safras.com.br (Safras News)
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