Porto Alegre, 28 de janeiro de 2025 – A Bolsa de Mercadorias e Futuros de Nova York (ICE Futures US) para o café arábica fechou a sessão de hoje com cotações em forte alta.
Os contratos com entrega em março/2025 do café arábica encerraram a sessão negociados a 357,50 centavos de dólar por libra-peso, alta de 8,30 centavos (+2,37%) ante ao fechamento anterior. No fechamento, maio/2025 tinha cotação de 351,90 centavos (+2,25%).
Os futuros do café arábica voltaram a atingir máximas históricas na sessão, a 358,90 centavos no primeiro contrato, com o mercado avaliando dados do governo brasileiro sobre a safra que será colhida em 2025.
As ofertas de café no Brasil seguem restritas, elevando os preços locais no maior produtor do mundo. Ao mesmo tempo, os produtores locais seguem relutantes em vender, dada a perspectiva incerta para a safra 2025 após o tempo seco em 2024, embora recentemente o clima tenha sido mais favorável ao desenvolvimento das lavouras.
Conab
A primeira estimativa da safra brasileira de café para 2025 aponta para uma produção total de 51,8 milhões de sacas de café beneficiado, representando uma redução de 4,4% em relação à safra anterior, conforme levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Em um ano marcado pelo ciclo de baixa bienalidade, os efeitos da restrição hídrica e altas temperaturas nas fases de floração impactaram a produtividade, que deverá atingir uma média nacional de 28 sacas por hectare, 3% abaixo do rendimento de 2024. Já a área total destinada ao cultivo do café no Brasil apresentou crescimento de 0,5%, alcançando 2,25 milhões de hectares, sendo 1,85 milhão de hectares em produção e 391,46 mil hectares em formação.
Para o café arábica, a estimativa aponta uma produção de 34,7 milhões de sacas, uma queda de 12,4% em relação ao ano anterior. Esse desempenho reflete o ciclo de baixa bienalidade e as adversidades climáticas, especialmente em Minas Gerais, maior produtor do país, onde a redução foi de 12,1%. Já para o café conilon, a produção deverá alcançar 17,1 milhões de sacas, um crescimento expressivo de 17,2%, impulsionado principalmente pelos bons resultados no Espírito Santo, que responde por 69% da produção nacional dessa espécie.
Com informações da Reuters.
Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) – Safras News
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