Porto Alegre, 9 de outubro de 2020 – Dando sequência ao ajuste em relação ao mercado internacional, as cotações do algodão no Brasil ignoraram a queda combinada da Bolsa de Nova York e do câmbio e fecharam com ganhos expressivos nesta quinta-feira (8). Na média do CIF de São Paulo, a pluma fechou a R$ 3,33 por libra-peso, com alta de 1,68% em relação à véspera. Comparado aos preços praticados há um mês e há um ano, acumulava ganhos de 2,15% e de 36,20%, respectivamente. No dia 1º de outubro, a libra-peso valia R$ 3,24.
No FOB exportação do porto de Santos/SP, a indicação ficou em 59,62 centavos de dólar por libra-peso (c/lb) no dia 8. Esse valor era 11,6% inferior ao de contrato de maior liquidez em Nova York. Na véspera, a diferença era de 13,7. Há um ano, de 10,8% e, há um mês, 3,5% inferior. “Estes números mostram que, mesmo com o leve estreitamento do spread ocorrido nesta quinta-feira, o produto brasileiro se mantém competitivo em relação ao norte-americano”, destaca o analista de SAFRAS & Mercado, Élcio Bento.
O prêmio para a pluma colocada no porto paulista está negativo em 6,6 c/lb. Há um mês, era 2,5 c/lb negativo. “O aumento da oferta interna e a presença de importadores de forma mais ativa nos Estados Unidos que no Brasil explicam essa diferença entre as cotações”, finaliza Bento.
A safra brasileira de algodão em pluma na temporada 2020/21 está estimada em 2,816 milhões de toneladas, baixa de 6,2% na comparação com as 3,001 milhões de toneladas indicadas na safra 2019/20. Os números fazem parte do primeiro levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para a safra 2020/21, divulgado doa 8.
A produtividade das lavouras está estimada em 1.744 quilos de algodão em pluma por hectare, ante 1.771 quilos na temporada 2019/20. A área plantada com algodão na temporada 2020/21 está estimada em 1,614 milhão de hectares, retração de 3% na comparação com os 1,665 milhão de hectares da safra passada.
Rodrigo Ramos (rodrigo@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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