São Paulo, 8 de maio de 2024 – A BRF divulgou o balanço do primeiro trimestre de 2024 (1T24), com lucro líquido de R$ 594 milhões, revertendo o prejuízo líquido de R$ 1 bilhão registrado no mesmo período. Em comparação ao quarto trimestre do ano passado (4T23), a queda foi de 21,3%.
A melhora no desempenho é reflexo do resultado operacional, com destaque para evolução de rentabilidade do portfólio regular no mercado doméstico e da evolução de preços da proteína in natura em diversos mercados internacionais, e pela redução das despesas financeiras líquidas.
O lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado foi de R$ 2,1 bilhões, alta de 248,8% em relação ao mesmo período de 2023. Em comparação ao último trimestre do ano passado, a alta foi de 11,2%
A margem Ebitda chegou a 15,8%, alta de 11,1 pontos percentuais na comparação anual, e avanço de 2,6 p.p em relação ao 4T23. A receita líquida foi de R$ 13,4 bilhões, alta de 1,5% na comparação anual, e recuo de 7,3% em relação ao 4T23.
A companhia tem alcançado uma melhora sequencial de geração de caixa nos últimos 12 meses através da recuperação operacional, captura de eficiências e redução dos encargos financeiros, resultando em uma geração de caixa de R$ 844 milhões, R$ 1,846 bilhão maior que o 1T23 e R$ 231 milhões superior que o 4T23.
Sobre o mercado brasileiro, a companhia destacou que no primeiro trimestre o cenário foi mais favorável ao consumo das famílias, motivado pelo mercado de trabalho aquecido, pela queda da taxa de juros e melhora no crédito e inadimplência. Esses fatores permitiram recuperação da renda
disponível sustentando maior inclinação ao consumo dos produtos da companhia, sobretudo processados, no mercado doméstico durante este início de ano.
No segmento internacional, a margem EBITDA ajustada foi de 16,9%, 5,8 p.p. acima do resultado apresentado no 4T23, alcançando níveis ainda mais altos de rentabilidade através da contínua recuperação de preços em diversos destinos de vendas. Inteligência em preços, aumento considerável das habilitações de exportação e menores estoques de produtos seguem contribuindo com os resultados do segmento internacional.
“Observamos recuperação de preços importante também em outras regiões, reforçando nossa estratégia de habilitar novos destinos para exportações, nos permitindo maior diversificação geográfica e captura das
melhores oportunidades de mercado. Durante o primeiro trimestre de 2024, conquistamos 25 novas habilitações e atingimos 28% de market share nas exportações de frango e 19% nas exportações de suínos. Em abril conquistamos uma nova habilitação para exportação de suínos para os Estados Unidos através da nossa unidade Campos Novos”, explicou a BRF.
ENDIVIDAMENTO
As captações do trimestre totalizaram R$ 65 milhões, concentradas em linhas de capital de giro nos mercados internacionais, e as liquidações totalizaram R$ 495 milhões, devido principalmente ao vencimento de dívidas bilaterais de médio e curto prazo. O prazo médio do endividamento encerrou o 1T24 em 7,8 anos, redução de 0,1% ano em comparação ao 4T23. O endividamento líquido totalizou R$ 9,016 bilhões no 1T24, redução de R$ 458 milhões quando comparado ao 4T23. A alavancagem líquida da companhia, medida pela razão entre o endividamento líquido e o Ebitda ajustado dos últimos doze meses, atingiu 1,45x no 1T24 versus 2,01x no 4T23 (alavancagem equivalente em dólar atingiu 1,68x no 1T24 versus 2,05x no 4T23), sendo este o menor patamar dos últimos 8 ano.
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Emerson Lopes / Safras News
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