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Brava Energia reverte lucro e tem prejuízo líquido de R$ 1,028 bi no 4° trimestre de 2024

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São Paulo, SP – A Brava Energia divulgou o balanço do quarto trimestre de 2024 (4T24), com prejuízo líquido proforma consolidado de R$ 1,028 bilhão (US$ 176,1 milhões), comparado ao lucro líquido proforma de R$ 474,7 milhões (US$ 95,8 milhões) no mesmo período do ano anterior (4T23), e lucro líquido de R$ 498,3 milhões (US$ 89,9 milhões) no 3T24, principalmente impactado pela desvalorização do câmbio, sendo um evento de natureza
exclusivamente contábil, sem efeito caixa.

O lucro bruto de R$ 435,8 milhões (US$ 74,7 milhões), queda de 31,3% em relação ao mesmo período de 2023 (4T23), dos quais R$ 448,2 milhões de contribuição do segmento upstream, e R$ 2 milhões oriundos do segmento mid & downstream, descontados de R$ 14,5 milhões em eliminações intercompany. Em 2024, o lucro bruto foi de R$ 2,775 bilhões (US$ 514,8 milhões), alta de 36% em relação a 2023.

O lucro operacional foi de R$ 169,3 milhões (US$ 29 milhões) no 4T24, recuo de 69,9% em relação ao 4T23. Em 2024, o lucro operacional foi de R$ 2,611 bilhões (US$ 484,2 milhões), crescimento de 103,9% em relação a 2023.

O Ebitda ajustado totalizou R$ 505,2 milhões (US$ 86,6 milhões), queda de 41% em relação ao 4T23. Em 2024, o EBITDA Ajustado foi de R$ 3,507 bilhões (US$ 666,8 milhões), alta de 51,3% em relação a 2023. A margem EBITDA Ajustada consolidada foi de 25,9%, queda de 11,7 pontos percentuais. Em 2024, a margem EBITDA Ajustada consolidada foi de 34,7%, alta de 1,7 ponto percentual em relação a 2023.

O resultado financeiro líquido do 4T24 foi negativo em R$ 1,785 bilhão (US$ 288,3 milhões), comparado a um resultado positivo de R$ 75 milhões (US$ 15,5 milhões) no 4T23, e a um resultado negativo de R$ 236,3 milhões (US$ 43,4 milhões) no 3T24. A Companhia encerrou o 4T24 com dívida líquida de R$ 9,639 bilhões. A alavancagem da Companhia no fim do 4T24 ficou em 2,8x, calculado em dólares norte-americanos (US$) e dentro do limite máximo de 3,5x.

A Companhia registrou receita líquida de R$ 1,949 bilhão (US$ 334,0 milhões) no 4T24, redução de 14,3% na comparação anual. O resultado é composto por R$ 1,273 bilhão registrados no segmento upstream, que contempla, majoritariamente, a venda de petróleo, gás natural e líquidos do processamento do gás natural, R$ 1,542 bilhão referentes ao segmento mid & downstream, o qual abrange a venda de produtos derivados, prestação de serviço de processamento de gás, estocagem e utilização do terminal aquaviário, e R$ 866,2 milhões em eliminações, referentes a
transações intercompany, venda de óleo e gás natural e prestação de serviços entre empresas da Brava. Em 2024, a receita líquida consolidada da Companhia acumulou R$ 10,095 bilhões (US$ 1,900 bilhão), alta de 44,1% em relação a 2023.

Em 2024, o CPV somou R$ 7,320 bilhões (US$ 1,372 bilhão), +47,4% A/A, explicado pelos custos associados a conclusão de aquisição do Polo Potiguar, ocorrida em junho de 2023, por maiores custos atrelados ao incremento de produção dos ativos de Potiguar e da Bahia, parcialmente compensado por menores custos associados ao Polo Papa-Terra, em função da parada programa de produção.

No 4T24, a produção média diária atingiu 39,4 mil barris (boe/d), com reduções de 38,2% em termos anuais (A/A) e de 23,9% em relação ao trimestre anterior (T/T). Os dados de produção consideram uma base histórica proforma até o 3T24, com a consolidação de Atlanta e Manati e o aumento da participação da Companhia em Papa-Terra (de 53.13% para 62,5%) e Peroá (de 85% para 100%), com o objetivo de gerar comparabilidade com o período anterior à incorporação da Enauta e da Maha Energy pela Brava (antiga 3R Petroleum), concluída em 1º de agosto de 2024.

No 4T24, o onshore registrou 34,1 mil boe/d, flat A/A e +5,2% T/T. A produção média de óleo atingiu 26,5 kbbl/d, -2,8% A/A e +4,4% T/T, e representou 78% da produção do segmento no trimestre. A produção média diária de gás foi de 7,6 mil boe (1.212 mil m3/d), +11,4% A/A e +8,4% T/T. A produção total no trimestre foi de 2,4 milhões barris de óleo e 0,7 milhões de boe (111.470 mil m3) de gás, totalizando 3,1 milhões de barris de óleo equivalente, sendo a
produção no Complexo Potiguar de 2,1 milhões de barris de óleo e 0,15 milhões boe ( 24.416 mil m3) de gás e a produção do Complexo do Recôncavo de 0,3 milhões de barris de óleo e 0,55 milhões de boe ( 87.054 mil m3). A produção de gás natural nos ativos Areia Branca, Fazenda Belém e Potiguar não é comercializada, uma vez que este volume é consumido nas operações e/ou reinjetado nos reservatórios.

poços no trimestre, destaque para 211 pullings, 70 workovers, 21 perfurações e 3 abandonos. No ano de 2024, o segmento onshore atingiu 33.748 boe/d, +39,3% A/A. A produção média de óleo representou 79% da produção total, atingindo 26.554 bbl/d, +42,2% A/A, enquanto a produção média diária de gás foi de 7.194 boe (1.144 mil m3), +29,5% A/A. O volume de produção total no ano foi de 9,7 milhões barris de óleo e 2,6 milhões boe (417.480mil m3) de gás, totalizando 12,3 milhões barris de óleo equivalente.

No 4T24, a Companhia realizou a venda de 3.365 mil barris de produtos derivados, alta de 3,1x (206,8%) em termos anuais (A/A) e 5,7 % T/T. O desempenho reflete (i) maior fator de utilização total (FUT) na refinaria para 88% (+4% T/T) e (ii) maior comercialização de derivados estocados no encerramento do trimestre anterior, parcialmente compensados pela (iii) redução da utilização das instalações da Companhia por terceiros, para tratamento e processamento de óleo e gás, sendo reflexo da menor receita em serviços no trimestre.

Durante o 4T24, a Companhia realizou a venda de 2.764 mil barris de óleo (bbl) a um preço médio de US$ 68,9/bbl, já considerando descontos e demais ajustes previstos nos contratos, representando 92% do valor de referência do Brent médio do período. A venda de gás natural somou 3,8 milhões de MMBTU, a um preço médio de US$ 6,9/MMBTU5 . A venda total de óleo e gás natural foi de 3.408 mil barris de óleo equivalente.

 

Emerson Lopes – emerson.lopes@cma.com.br (Safras News)

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