Porto Alegre, 7 de março de 2025 – O mercado brasileiro de milho deve encerrar a semana com lentidão nas negociações, sem mudança na tendência observada nas últimas semanas. Os produtores devem seguir retraídos na fixação de oferta, mantendo firmeza nos preços. No cenário internacional, a Bolsa de Mercadorias de Chicago opera em baixa, enquanto o dólar sobe frente ao real.
O mercado brasileiro de milho esteve sem grandes novidades no decorrer desta quinta-feira. Mercado pouco ofertado, com produtores retraídos na fixação, subindo as pedidas em algumas localidades do país, como ocorre em São Paulo, destaca a Safras Consultoria. Por outro lado, os consumidores estão ativos na busca de lotes, mas encontram dificuldade para bons volumes.
De acordo com a Safras Consultoria, assim como nos últimos dias, as atenções dos agentes do mercado estão voltadas para os movimentos dos futuros do milho, na evolução do clima, na colheita da safra verão de milho e da soja, no plantio da safrinha e nas questões de logística.
No Porto de Santos, o preço ficou entre R$ 76,00/80,00 a saca (CIF). Já no Porto de Paranaguá, cotação entre R$ 76,00/80,00 a saca.
No Paraná, a cotação ficou em R$ 78,00/81,00 a saca em Cascavel. Em São Paulo, preço de R$ 88,00/91,00 na Mogiana. Em Campinas CIF, preço de R$ 92,00/93,00 a saca.
No Rio Grande do Sul, preço ficou em R$ 75,00/77,00 a saca em Erechim. Em Minas Gerais, preço em R$ 82,00/84,00 a saca em Uberlândia. Em Goiás, preço esteve em R$ 76,00/R$ 78,00 a saca em Rio Verde – CIF. No Mato Grosso, preço ficou a R$ 69,00/71,00 a saca em Rondonópolis.
CHICAGO
* Os contratos com vencimento em maio operam cotados a US$ 4,64 por bushel, estável em relação ao fechamento anterior.
* O mercado acompanha a vizinha soja e devolve parte dos ganhos recentes. No entanto, o alívio tarifário dos Estados Unidos sobre México e Canadá limita as perdas.
* Na quinta-feira, o presidente dos EUA, Donald Trump, suspendeu as tarifas impostas nesta semana sobre a maioria dos produtos do México e Canadá, após ter elevado as taxas para 25% na terça-feira e anunciado novos tributos sobre produtos chineses.
* O México, maior comprador de milho e trigo dos EUA em 2024 e segundo maior destino da soja, atrás da China, gerou preocupações sobre interrupções no comércio, pressionando os futuros dos grãos no início da semana.
* Ontem (6), os contratos de milho com entrega em maio fecharam a US$ 4,64 por bushel, alta de 8,25 centavos de dólar, ou 1,81%, em relação ao fechamento anterior. A posição julho de 2025 fechou a sessão a US$ 4,70 3/4 por bushel, ganho de 7,50 centavos de dólar, ou 1,61%, em relação ao fechamento anterior.
CÂMBIO
* O dólar comercial opera em alta de 0,14%, cotado a R$ 5,7677. O Dollar Index registra desvalorização de 0,32% a 103,73 pontos.
INDICADORES FINANCEIROS
* As principais bolsas da Ásia fecharam com preços baixos. Xangai, -0,25%. Japão, -2,17%.
* As principais bolsas na Europa operam com índices fracos. Paris, -1,57%. Frankfurt, -1,80%. Londres, -0,54%.
* O petróleo opera com preços mais altos. Abril do WTI em NY: US$ 67,39 o barril (+1,55%)
AGENDA
– EUA: O relatório oficial de vagas criadas (payroll) de fevereiro será publicado às 10h30 pelo Departamento do Trabalho.
– O Ministério do Desenvolvimento, da Indústria, do Comércio e Serviços divulga, às 15h, os dados consolidados de fevereiro, seguidos por coletiva de imprensa.
– Dados de evolução das lavouras do Mato Grosso – IMEA, 16h.
– China: A leitura do índice de preços ao consumidor de fevereiro será publicada às 22h30 do sábado pelo departamento de estatísticas.
– China: A leitura do índice de preços ao produtor de fevereiro será publicada às 22h30 do sábado pelo departamento de estatísticas.
Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Safras News
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