Porto Alegre, 28 de agosto de 2020 – O mercado brasileiro de suínos vai encerrando a última semana de negócios do mês de agosto com preços firmes, tanto para o quilo vivo quanto para os cortes vendidos no atacado. “O bom ritmo de exportação ao longo do mês contribuiu para reduzir a oferta interna e foi um dos fatores que favoreceu a boa valorização das cotações”, destaca o analista de SAFRAS & Mercado, Allan Maia.
Ele afirma que não há sinais de reversão deste movimento de valorização dos preços no curto prazo, diante da oferta interna ajustada e da boa procura por parte dos frigoríficos. “Os animais foram abatidos com um peso mais leve que o habitual em vários estados, de modo a evitar um maior impacto nos custos, em meio à forte alta do milho e do farelo de soja. Esta é a principal queixa dos granjeiros ao longo do mês”, pontua.
Por outro lado, Maia destaca que a demanda pela carne suína esteve um pouco mais fraca na semana, o que é normal para o período de final do mês, mas com uma expectativa de melhora na primeira quinzena de setembro com a entrada de salários na economia. “Os frigoríficos continuam alegando dificuldade para repassar as altas recentes, o que pode acirrar o ambiente de negócios nos próximos dias”, sinaliza.
Levantamento de SAFRAS & Mercado apontou que a média de preços do quilo do suíno vivo na região Centro-Sul do Brasil avançou 14,41% ao longo do mês, de R$ 5,62 para R$ 6,43. A média de preços pagos pelos cortes de pernil no atacado passou de R$ 9,63 para R$ 11,06, aumento de 14,86%. A carcaça registrou um valor médio de R$ 10,33, ante os R$ 9,06 praticados no encerramento de julho, com valorização de 14,02%.
As exportações de carne suína fresca, refrigerada ou congelada do Brasil renderam US$ 139,435 milhões em agosto (15 dias úteis), com média diária de US$ 9,295 milhões. A quantidade total exportada pelo país no período chegou a 62,378 mil toneladas, com média diária de 4,158 mil toneladas. O preço médio ficou em US$ 2.235,30.
Na comparação com agosto de 2019, houve avanço de 87,42% no valor médio diário exportado, ganho de 86,7% na quantidade média diária e alta de 0,39% no preço. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços e foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.
A análise mensal de preços de SAFRAS & Mercado apontou que a arroba suína em São Paulo subiu de R$ 123,00 para R$ 145,00. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo passou de R$ 4,30 para R$ 4,50. No interior do estado a cotação aumentou de R$ 5,95 para R$ 7,00.
Em Santa Catarina o preço do quilo na integração aumentou de R$ 4,40 para R$ 4,60. No interior catarinense, a cotação avançou de R$ 6,05 para R$ 7,20 No Paraná o quilo vivo aumentou de R$ 6,00 para R$ 7,10 no mercado livre, enquanto na integração o quilo vivo subiu de R$ 4,40 para R$ 4,70.
No Mato Grosso do Sul a cotação na integração passou de R$ 4,40 para R$ 4,70, enquanto em Campo Grande o preço avançou de R$ 5,10 para R$ 6,25. Em Goiânia, o preço aumentou de R$ 6,80 para R$ 7,50. No interior de Minas Gerais o quilo do suíno subiu de R$ 7,00 para R$ 7,80. No mercado independente mineiro, o preço passou de R$ 7,10 para R$ 7,90. Em Mato Grosso, o preço do quilo vivo na integração do estado avançou de R$ 4,20 para R$ 4,60. Já em Rondonópolis a cotação passou de R$ 5,20 para R$ 6,50.
Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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