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Bolsa fecha em queda por preocupação com tarifaço de Trump; dólar sobe

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São Paulo -A Bolsa fecha em queda, chegou a atingir a mínima de 131.550,39 pontos, mas conseguiu terminar no patamar de 132 mil pts, em um dia de aversão ao risco, com o mercado visualizando uma possibilidade remota de um acordo tarifário com os Estados Unidos.

A partir do dia 1º de agosto, entra em vigor a tarifa de 50% sobre os produtos brasileiros importados aos americanos. Menos de 15 ações da carteira teórica do Ibovespa subiram, bancos foram penalizados.

As ações da Vale (VALE3) caíram 0,96%. CSN (CSNA3) registrou queda de % e CSNMineração (CMin3) recuou%. Itaú (ITUB4) perdeu 2,10%.

A Petrobras (PETR4) fechou em alta de 0,12%. Hoje, mais cedo, a companhia reduziu o preço do gás natural em 14% a partir de 1º de agosto.

Ontem, o presidente americano, Donald Trump, acertou acordo com a União Europeia. O bloco será taxado em 15%. Trump disse que as tarifas entram em vigor para todos os países em 1º de agosto.

O principal índice da B3 caiu 1,04%, aos 132.129,26 pontos. O giro financeiro foi de R$ 17,4 bilhões. Às 17h15 (horário de Brasília), o Ibovespa futuro com vencimento em agosto recuava 0,97%, aos 132.850 pontos. Em Nova York, os índices fecharam mistos.

Felipe SantAnna, especialista em mercado financeiro do grupo Axia Investing, disse que “o mercado está desidratando aos poucos, já não tem fé que o governo Lula vai fechar algum acordo com os EUA e prefere tirar o dinheiro da bolsa. O Lula falou hoje, foi até contido, mas não sinalizou nenhum acordo. O Focus de hoje está míope, parece ignorar nossa situação e a imprevisibilidade do curto prazo [a previsão da inflação para 2025 caiu para 5,09%, de 5,10%]”.

SantAnna ressaltou que a bolsa ainda tem espaço para cair mais. “O preço das commodities impacta menos agora, pois o medo das empresas do Brasil é maior que o preço da matéria-prima”.

Ubirajara Silva, gestor de renda variável, disse que a proximidade com o 1º de agosto e a queda das commodities mexem com a bolsa.

“À medida que vai se aproximando ao dia 1º de agosto e não temos solução no radar, o mercado apreensivo. As bolsas globais estão performando bem, e o Brasil está virando uma venda consensual do mercado. Para atrapalhar, as commodities, como Vale e siderurgia, não estão com bom desempenho, e esses papéis têm peso no índice. O único destaque positivo é a Petrobras, que sobe com o petróleo. A bolsa está caindo de forma generalizada, papéis ligados ao mercado interno e externo. Os bancos sofrem bastante na semana em que começam os resultados do setor, e varejistas caindo”.

No mercado de câmbio, o  dólar comercial fechou em alta de 0,54%, cotado a R$ 5,5921. A moeda refletiu, ao longo da sessão, o sentimento global de cautela com a super quarta, nesta semana. Embora o acordo selado entre Estados Unidos e União Europeia seja visto como algo positivo pelo mercado, hoje a atmosfera foi de risk-off, com o dólar ganhando força mundialmente.

A economista-chefe do Ouribank, Cristiane Quartaroli, explica que o impasse comercial entre Brasil e Estados Unidos faz com que a moeda ganhe ainda mais força na comparação com o real: “Existe uma busca por proteção cambial e aumento de aversão ao risco em países emergentes”, explica.

A super quarta, com decisões do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) e Comitê de Política Monetária (Copom), também gera cautela no mercado, diz Quartaroli.

Para o analista da Potenza Capital Bruno Komura, embora o dólar se valorize, a moeda deve retomar a trajetória de queda.

Komura, contudo, alerta: “No Brasil, a situação é um pouco mais complicada. Parece que o canal para as negociações com os Estados Unidos estão fechados. Começamos a incorporar expectativas negativas nos preços”.

Segundo o diretor de câmbio da Ourominas, Elson Gusmão, “o mercado inicia a semana atento à possível tarifa de 50% dos Estados Unidos sobre produtos brasileiros, com início previsto para 1º de agosto. A expectativa é por avanços nas negociações entre os dois países. Caso a taxa seja confirmada, o dólar tende a subir. Caso haja progresso nas tratativas, a moeda pode perder força frente ao real”.

Na contramão do dólar, as taxas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DIs) fecharam em queda. A sessão foi marcada pela expectativa que antecede a super quarta, nesta semana, com as decisões do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) e Comitê de Política Monetária (Copom).

Por volta das 16h40 (horário de Brasília), o DI para janeiro de 2026 tinha taxa de 14,925% de 14,930% no ajuste anterior; o DI para janeiro de 2027 projetava taxa de 14,215%, de 14,230%, o DI para janeiro de 2028 ia a 13,570%, de 13,615%, e o DI para janeiro de 2029 com taxa de 13,530% de 13,555% na mesma comparação.

No exterior, os principais índices do mercado de ações dos Estados Unidos fecharam o pregão com poucas alterações, com os investidores minimizando o impacto do acordo comercial entre os Estados Unidos e a União Europeia, enquanto uma semana decisiva para o mercado se aproxima incluindo a decisão de juros do Federal Reserve.

Confira abaixo a variação e a pontuação dos índices de ações dos Estados Unidos após o fechamento:

Dow Jones: -0,14%, 44.837,56 pontos
Nasdaq 100: +0,33%, 21.178,58 pontos
S&P 500: +0,02%, 6.389,77 pontos

 

Paulo Holland e Darlan de Azevedo / Safras News

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