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Bolsa fecha em queda pelo 4º pregão seguido, descolada de NY, com Petrobras, bancos e tensões geopolíticas no radar; dólar cai

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São Paulo -A Bolsa fecha em queda pelo quarto pregão seguido empurrada pelas ações da Petrobras (PETR3 e PETR4), com o recuo forte do petróleo, e os bancos, na contramão de Wall Street, e alta da Vale (VALE3). As tensões geopolíticas foram monitoradas ao longo da sessão. No interdiário, o Ibovespa variou entre a mínima de 135.835, 25 pontos e a máxima de 137.130,13 pontos.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou mais cedo em sua rede social que todo mundo tem que manter o petróleo em baixa. A Petrobras (PETR3 e PETR4) caiu 2,81% e 2,49%. PetroRio (PRIO3) recuou 0,71%. O petróleo tipo Brent que é referência para a Petrobras caiu mais de 7%.

O Itaú (ITUB4) perdeu 0,21%, Bradesco (BBDC3 e BBDC4) recuou 0,69% e 0,78% e Banco do Brasil (BBAS3) baixou 1,21%. A Vale (VALE3) subiu 1,26%. As ações da Marfrig (MRFG3) e BRF (BRFS3) lideraram os ganhos no Ibovespa, subiram 4,45% e 4,66%, respectivamente, em razão do processo de operacional de fusão das companhias. A Marfrig informou que nova data foi marcada para tratar sobre a fusão com a BRF, no dia 14 de julho, antes era 18 de junho.

O principal índice da B3 caiu 0,41%, aos 136.550,50 pontos. O Ibovespa futuro com vencimento em agosto recuou 0,49%, aos 139.070 pontos. O giro financeiro foi de R$ 20,4 bilhões. Em Nova York, os índices fecharam em alta.

Alexsandro Nishimura, economista e diretor da Nomos, disse que os fatores domésticos pesaram na Bolsa, apesar das tensões geopolíticas.

“A percepção de que o Banco Central manterá os juros elevados por mais tempo, aliada aos ruídos fiscais e à queda nas ações de bancos e da Petrobras, pressionaram o principal índice da Bolsa brasileira”.

Nishimura explicou que “o mercado iniciou a semana em modo defensivo, ainda repercutindo o ataque dos Estados Unidos ao Irã, ocorrido no sábado à noite. Como o evento aconteceu durante o fim de semana, os investidores tiveram tempo para assimilar seus efeitos”.

Para amanhã, o mercado fica na expectativa da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), na semana passada, em que foi elevada a Selic em 0,25 ponto porcentual (pp) para 15% ao ano e sinalizando que ficará alta por um período mai longo.

Para Ricardo Leite, head de renda variável da Diagrama Investimentos, o fator externo com as tensões no Oriente Médio reflete na Bolsa, mas “aqui ainda tem o fator risco envolvido que não dá para avaliar muito bem o peso uma vez que é normal que os ativos de risco de países emergentes sofram um pouco mais, com os investidores “voltando” a mercados mais consolidados, o que me leva a acreditar nesse movimento ser algo mais voltado a resultado e não risco país”.

Mais cedo, Leite disse que “praticamente todos estão recuando, visando desaquecimento da economia. A Petrobras está marginalmente positiva [mas passou a cair] e Petrorio subindo [mas passou a cair] sob os efeitos positivos que o conflito pode gerar para as empresas “neutras”.

No mercado de câmbio, o dólar comercial fechou em queda de 0,40%, cotado a R$ 5,5042. Apesar do acirramento do conflito no Oriente Médio, o fluxo estrangeiro beneficiou a moeda brasileira durante a sessão.

Segundo a estrategista-chefe da Nomad, Paula Zogbi, “o conflito entre Israel e Irã domina o sentomento do mercado. Após o ataque americano às instalações nucleares de Fordow, Natanz e Isfahan, o receio de uma escalada com ataques iranianos mais agressivos a Israel e a bases americanas no Oriente Médio, agrava o risco geopolítico. O Irã também ameaçou novamente fechar o Estreito de Hormuz, já com com movimentações atípicas nas rotas de embarcações na região com relatos de problemas de GPS. Há análises estimando um barril a US$120 caso haja interrupção desse fluxo por um período prolongado. Mas o mercado não precifica esse cenário”.

Para o economista-chefe do Banco Bmg, Flávio Serrano, apesar da crescente tensão no oriente médio, “os fundamentos estão mais fortes e o déficit está melhorando um pouco na margem”. O economista pontua que o carry trade, influenciado pelos altos juros, também contribui com a moeda brasileira.

Em contrapartida ao dólar, as taxas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DIs) fecharam em tímida alta, próximas ao zero. Em sessão marcada pela falta de um driver específico, o mercado reagiu ás falas da diretora do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Michelle Bowman, que a instituição pode começar a cortar os juros em julho caso a inflação dê sinais de arrefecimento.

Por volta das 16h38 (horário de Brasília), o DI para janeiro de 2026 tinha taxa de 14,965% de 14,960% no ajuste anterior; o DI para janeiro de 2027 projetava taxa de 14,275%, de 14,270%, o DI para janeiro de 2028 ia a 13,530%, de 13,540%, e o DI para janeiro de 2029 com taxa de 13,390% de 13,390% na mesma comparação.

No exterior, os principais índices do mercado de ações dos Estados Unidos fecharam o pregão em alta, enquanto os preços do petróleo despencaram, com os investidores aliviados após a resposta militar do Irã aos ataques dos Estados Unidos no fim de semana ter sido mais branda do que o esperado.

Confira abaixo a variação e a pontuação dos índices de ações dos Estados Unidos após o fechamento:

Dow Jones: +0,89%, 42.581,78 pontos
Nasdaq 100: +0,94%, 19.630,98 pontos
S&P 500: +0,96%, 6.025,17 pontos

Paulo Holland e Darlan de Azevedo / Agência Safras News

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