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Bolsa fecha em queda pelo 3º pregão seguido sob pressão de Petrobras e bancos, expectativa com payroll; dólar cai

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São Paulo -A Bolsa fechou em queda pelo terceiro pregão seguido, oscilou entre a mínima de 139.581,88 pontos e a máxima de 140.495,88 pontos, sob a pressão da Petrobras (PETR3 e PETR4) em razão do recuo do petróleo no mercado internacional e a baixa dos bancos.

Os investidores ficam na expectativa para a divulgação do relatório de emprego nos EUA (payroll, sigla em inglês), na sexta-feira (5).

O Banco do Brasil (BBAS3) caiu 0,68%, Itaú (ITUB4) baixou de 0,86%. Petrobras (PETR3 e PETR4) recuava 1,06% e 0,86%. Vale (VALE3) subia 0,37%.

O principal índice da B3 caiu 0,33%, aos 139.863,63 pontos. Às 17h13 (horário de Brasília), o Ibovespa futuro com vencimento em outubro perdia 0,45%, aos 141.840 pontos. O giro financeiro foi de R$ 17,3 bilhões. Em Nova York, os índices fecharam mistos.

Felipe SantAnna, especialista em mercado financeiro do grupo Axia Investing, disse que a Bolsa está parada esperando payroll de sexta (5).

“Existe uma falta de interesse pelos papéis da Bolsa, com exceção de Cosan e Raízen. A volatilidade é vista nos papéis mais baratos. Nem o Jolts [relatório] com número menor que o projetado animou o mercado. O julgamento do Bolsonaro não tem surpresas, com sustentações orais, só esperando o resultado. O destaque fica para a derrubada dos bancos em queda. O Tesouro mandou ofício questionando nossos bancos sobre a aplicação da lei Magnitsky contra Moraes. Pode vir uma retaliação dos EUA em cima dos bancos, principalmente banco do Brasil [segundo Lourival SantAnna, da CNN]. Se isso acontecer, os papéis vão derreter”.

Alexandre Pletes, head de renda variável da Faz Capital, disse que a bolsa está de lado com o cenário político indefinido por conta do julgamento do ex-presidente e as consequências no exterior.

“O julgamento do Bolsonaro está forte. Esse cenário deixa um pouco incerto o movimento da bolsa, que está lateral, por causa das incertezas [do que pode vir adiante]. Trump [Donald Trump] disse que depois do terceiro dia [de julgamento] deve se pronunciar, e podemos ver sanções em relação a isso. Além disso, devemos ver retaliações do Brasil contra EUA. A curva [taxa de rendimento dos títulos públicos brasileiros de 10 anos] está desde a semana passada acima do que se imaginava, chegou a bater perto dos 14%, e a bolsa anda com a curva de 10 anos abaixo dos 13,5%. Por enquanto a gente não vê essa expectativa por conta do cenário político”.

Pletes disse que as incertezas em relação às tarifas e expectativa com payroll ficam no radar.

“Trump quer marcar uma reunião de emergência com a Suprema Corte para tratar da decisão que tornou as tarifas ilegais, e isso gera incertezas no mercado. Mas, ele deve sair vitorioso. Hoje Waller, que é pró-governo, defendeu corte de juros em setembro e outros mais adiante, mas não fez preço. Esperamos corte esse mês, quanto aos próximos devemos aguardar. Temos de esperar o payroll”.

Marcelo Boragini, especialista em renda variável da Davos, disse que o mercado está em compasso de espera, reagindo a política monetária americana, cenário político aqui e lá fora.

“O julgamento de Bolsonaro fica no radar. Para o investidor, se traduz em sensação de maior prudência, que pode limitar a recuperação de curto prazo do Ibovespa. Os investidores monitoram a ida de Trump à Suprema Corte [americana] e ficam na expectativa com payroll [na sexta-feira, 5]. O mercado de trabalho nos EUA mostrou desaceleração, o que traz viés mais positivo quando se trata de corte de juros”.

Mais cedo, o Departamento do Trabalho dos Estados Unidos divulgou o relatório de emprego e vagas (Jolts, na sigla em inglês), que não inclui o setor rural, em que foram criadas 7,181 milhões de postos de trabalho no último dia útil de julho. Houve uma queda em relação aos 7,357 milhões registrados um mês antes, conforme dado revisado.

Mais cedo, o governador do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Christopher Waller, disse que devemos cortar juros nos próximos meses. O presidente do Fed St. Louis, Alberto Musalem, disse que a política monetária dos EUA está adequada ao cenário econômico atual, mas não sinalizou apoio a um corte na taxa de juros ainda neste mês.

No câmbio, o dólar comercial fechou em queda de 0,39%, cotado a R$ 5,4538. A sessão foi marcada por baixa volatilidade, além da falta de um driver específico, fazendo com que a divisa norte-americana operasse em linha com o movimento global.

De acordo com o head de Tesouraria do Travelex Bank Marcos Weigt, a divisa estadunidense reflete o movimento global: “Acho difícil o dólar cair muito, já que tem o fluxo negativo no final de ano”, acrescenta.

Para o analista da Potenza Capital Bruno Komura, “hoje não existem notícias para impactar, então parece muito mais uma correção. O movimento dos juros, ontem, foi muito forte, puxado temor do fiscal nos Estados Unidos e Europa”.

Mais cedo, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os resultados da Produção Industrial Mensal (PIM) de julho (-2% ante expectativas de -0,3%).

Assim como o dólar, as taxas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DIs) fecharam majoritariamente em queda. O movimento desta tarde foi uma reação às falas de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) sobre juros. O julgamento do ex-presidente, Jair Bolsonaro, fica no radar.

Por volta das 16h38 (horário de Brasília), o DI para janeiro de 2026 tinha taxa de 14,890% de 14,895% no ajuste anterior; o DI para janeiro de 2027 projetava taxa de 13,990%, de 13,985%, o DI para janeiro de 2028 ia a 13,340%, de 13,350%, e o DI para janeiro de 2029 com taxa de 13,315% de 13,330% na mesma comparação.

No exterior, os principais índices do mercado de ações dos Estados Unidos fecharam o pregão em campo misto, com o Nasdaq impulsionado por ações de tecnologia após uma decisão de um tribunal federal em um caso antitruste contra a Alphabet aumentar o otimismo de que as big techs conseguirão resistir às ameaças regulatórias.

Confira abaixo a variação e a pontuação dos índices de ações dos Estados Unidos após o fechamento:

Dow Jones: -0,05%, 45.271,23 pontos

Nasdaq 100: +1,02%, 21.497,13 pontos

S&P 500: +0,51%, 6.448,26 pontos

 

Paulo Holland e Darlan de Azevedo / Safras News

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