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Bolsa fecha em queda pelo 2º dia seguido por incertezas fiscais e expectativa com payroll; dólar cai e encerra a R$ 5,58

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São Paulo -A Bolsa fechou em queda pelo segundo dia consecutivo com as incertezas fiscais, à espera de um pacote alternativo ao IOF, e na expectativa para o relatório de emprego (payroll, sigla em inglês), que pode apresentar desaceleração do mercado de trabalho americano.

As conversas entre Donald Trump e Xi Jinping foram vistas, por alguns analistas, como positivas.

Entre as ações, o destaque positivo ficou para Suzano (SUZB3), que subiu 6,31% com Suzano, após o anúncio da compra de 51% de uma joint venture com a Kimberly-Clark por US$ 1,734 bilhão. Vale (VALE3) conseguiu terminar em leve ganho de 0,26%. Gerdau (GGBR4) avançou 3,46%.

O principal índice da B3 caiu 0,55%, aos 136.236,37 pontos. O Ibovespa futuro com vencimento em junho recuou 0,70%, aos 136.850 pontos. O giro financeiro era de R$ 22 bilhões. Em Nova York, os índices fecharam em queda.

Felipe Sant Anna, especialista em mercado financeiro do grupo Axia Investing, expectativa para o payroll, conversa entre Xi Jinping e Trump e fiscal mexem com a bolsa.

“O mercado esperava muito mais da ligação do Trump com o Xi, e não veio nada. Em relação aos indicadores, o mercado de trabalho americano mostrou bastante fraqueza no ADP e nos pedidos de seguro hoje, então o medo da recessão aflora. E amanhã tem payroll e os investidores ficam cautelosos. Mas, não podemos desconsiderar nosso doméstico, a crise do IOF, o pacote novo de cortes que o Haddad prometeu, tudo isso está no radar”.

Alexsandro Nishimura, economista e sócio da Nomos, disse que o Ibovespa firmou queda no meio da tarde, depois de passar uma manhã entre altas e baixas.

“A pressão veio por incertezas fiscais internas e pela cautela com o payroll dos EUA, que será divulgado amanhã. Apesar da melhora de humor no exterior com o corte de juros pelo BCE e uma conversa tida como positiva entre Trump e Xi Jinping, o índice foi contido pela fraqueza dos bancos e volatilidade no petróleo. O avanço de Vale, Suzano e Gerdau compensou parcialmente”.

Fabio Louzada, economista, planejador financeiro e fundador da Eu me banco, disse que “no cenário doméstico, os investidores estão atentos em relação a possíveis novidades sobre o pacote de mudanças do IOF, que deve ser anunciado na próxima semana e bem mais desidratado do que veio. O mercado também está em compasso de espera na expectativa dos dados do payroll que saem amanhã e, sem dúvidas, podem dar novos indicativos de possíveis rumos do Fed em relação à política monetária. A expectativa é que o dado mostre desaceleração de criação de empregos, o que é muto positivo. Dados do mercado de trabalho americano divulgados hoje mostraram que o número de pedidos de seguro-desemprego veio em 247 mil, acima das expectativas, o que traz bons indicativos para um payroll apontando para a desaceleração do mercado de trabalho”.

Mais cedo, Bruno Komura, analista da Potenza Capital disse que os investidores estão aguardando o payroll amanhã, e apesar da queda a tendência ainda é de alta para a bolsa.

“A expectativa é grande para o payroll. A bolsa já subiu de forma significativa, tem leve correção. É difícil dizer que mudou a tendência do Ibovespa. A bolsa continua com viés positivo mesmo com dia mais negativo. O mercado vai esperar qualquer informação nova para ajustar a expectativa e ter novo direcional”.

Sobre o embate sino-americano, Komura diz que “a China continua a inundar o mundo com produtos baratos. E isso beneficia empresas como a Gerdau”.

No câmbio, o dólar comercial fechou a R$ 5,5856 para venda, com desvalorização de 1,03%. Às 17h10, o dólar futuro para julho tinha baixa de 0,83% a R$ 5.615,500. O Dollar Index, que mede o desempenho da moeda americana frente a uma cesta de unidades, recuava 0,03% a 98,75 pontos.

Em dia de menor aversão ao risco, a saída de capital dos Estados Unidos para outros mercados, incluindo os emergentes como o Brasil, garantiu a valorização do real. O mercado também mostra otimismo com a conclusão das negociações envolvendo Planalto e Legislativo em torno das solução para substituir o decreto do aumento do IOF.

Paula Zogbi, Estrategista-Chefe da Nomad, disse que o movimento geral do mercado foi de tomada de risco em meio ao avanço das negociações entre Trump e Xi Jinping. “Moedas de países emergentes e ligados a commodities são especialmente beneficiadas, pela forte exposição à economia chinesa, e o fluxo de entrada no Brasil especificamente se apoia na expectativa pelo anúncio de medidas fiscais estruturais nos próximos dias, em substituição às mudanças do IOF”.

Segundo ela, o movimento de risk-on será colocado à prova com a divulgação do payroll na sexta-feira. “A saúde da atividade econômica americana é observada na lupa por investidores que ensaiam uma rotação mais contundente para a tese de IA e outras ações de crescimento”.

Ao contrário do dólar, as taxas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DIs) fecharam em alta em todos os vencimentos com o aumento das expectativas para elevação da Selic em junho. As questões sobre o IOF ficam no radar.

Por volta das 16h33 (horário de Brasília), o DI para janeiro de 2026 tinha taxa de 14,905% de 14,830% no ajuste anterior; o DI para janeiro de 2027 projetava taxa de 14,355%, de 14,210%, o DI para janeiro de 2028 ia a 13,835%, de 13,640%, e o DI para janeiro de 2029 com taxa de 13,785% de 13,600% na mesma comparação.

No exterior, os principais índices do mercado de ações dos Estados Unidos fecharam o pregão desta quinta-feira em queda, revertendo os ganhos do início da sessão, diante da escalada da disputa pública entre Donald Trump e Elon Musk.

Confira abaixo a variação e a pontuação dos índices de ações dos Estados Unidos após o fechamento:

Dow Jones: -0,25%, 42.319,74 pontos
Nasdaq 100: -0,83%, 19.298,45 pontos
S&P 500: -0,47%, 5.942,61 pontos

 

Dylan Della Pasqua/ Paulo Holland e larissa Bernardes / Agência Safras News

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