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Bolsa fecha em queda pelo 2º dia seguido, em linha com exterior, por posições de Trump; dólar cai

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São Paulo – A Bolsa fechou em queda pelo segundo dia consecutivo acompanhando o estresse no exterior da posição do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em taxar cada vez mais os países parceiros, como o Canadá. Apenas 20 ações subiram entre as 87 que compõem o índice.

A Vale (VALE3) encerrou o pregão em alta de 0,83%, cotada a R$ 54,44. O destaque negativo ficou para Marcopolo (POMO4), que caiu 4,46%, a R$ 6,64.

Mais cedo, Trump escreveu em sua rede social, Truth Social, que vai impor uma tarifa adicional de 25% ao aço e alumínio vindos do Canadá. Ele já havia anunciado anteriormente uma taxa de 25%, agora totaliza 50%. Isso entrará em vigor amanhã.

Para amanhã (12), o mercado aguarda os dados de inflação aqui e nos Estados Unidos.

O principal índice da B3 caiu 0,81%, aos 123.507,35 pontos. O Ibovespa futuro com vencimento em abril perdeu 0,81%, aos 124.835 pontos. O giro financeiro foi de R$ 19,2 bilhões. Em Nova York, os índices fecharam em queda.

Rodrigo Moliterno, head de renda variável da Veedha Investimentos, disse que o mercado acompanha Nova York.

“O mercado seguiu o mau humor internacional da posição do Trump, que o mercado não estava dando tanta bola e agora passou a dar porque está afetando a economia. Ele tem sido mais agressivo com Canadá e México. A Bolsa já caiu mais, mas tudo indica que vamos fechar no campo negativo, até por conta de papéis que cederam muito e começaram a melhorar como o setor de siderurgia e mineração-Gerdau e Vale”.

Caio Henrique Soares Rodrigues, head de renda variável da Atika Investimentos, disse que as novas tarifas de Donald Trump puxam a bolsa pra baixo.

“Esse sell-off [venda] de ações reflete muito o movimento de taxação tarifária contra o Canadá, isso acaba mandando uma mensagem para os outros países. Se Trump está disposto a estressar as relações econômicas com o Canadá, que é um antigo parceiro dos Estados Unidos, o que dirá com outros parceiros. Tudo isso gera estresse no mercado, tirando alguns indicadores já apontam para uma recessão econômica por lá. Assim, o mercado acaba fugindo de ativos mais voláteis e indo para alguns portos-seguros. A gente está tentando entender para onde que vai essa nova política econômica americana, mas não me surpreenderia se depois dessas novas políticas econômicas, o Trump pressionasse o Fed para que houvesse uma ingestão de liquidez no mercado para dar um pouco fôlego novo para o mercado”.

No mercado de câmbio, o dólar comercial fechou em queda de 0,75%, cotado a R$ 5,8102 com o mercado preocupado por uma possível recessão nos Estados Unidos. A moeda norte américa oscilou entre a mínima de R$ 5,8030 e máxima de R$ 5,8480.

Segundo o analista da Potenza Capital Bruno Komura, “os mercados estão com medo de recessão, então muitos gestores estão procurando ativos para se posicionar. Isso faz com que o dólar perca força globalmente”.

Komura acredita que o real se valoriza no curto prazo, com o intenso fluxo estrangeiro.

Para o economista-chefe da Nova Futura Investimentos, Nicolas Borsoi, as moedas estão em sessão de recuperação, com o bom desempenho das commodities.

Borsoi acredita que os recentes resultados que mostram a desaceleração brasileira fazem com que o mercado acredite que o Banco Central (BC) corte a Selic (taxa básica de juros) antes do esperado.

A condução da política econômica dos Estados Unidos, observa Borsoi, gera um movimento de queda mundial do dólar.

Assim como o dólar, as taxas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DIs) fecharam em queda. O driver de hoje foi a Produção Industrial Mensal (PIM), divulgada no começo da sessão, que deu sinais de que a economia brasileira está perdendo força.

Por volta das 16h26 (horário de Brasília), o DI para janeiro de 2026 tinha taxa de 14,715% de 14,780% no ajuste anterior; o DI para janeiro de 2027 projetava taxa de 14,535%, de 14,675%, o DI para janeiro de 2028 ia a 14,425%, de 14,580%, e o DI para janeiro de 2029 com taxa de 14,470% de 14,635% na mesma comparação.

No exterior, os principais índices do mercado de ações dos Estados Unidos fecharam o pregão em queda, enquanto eles digeriam as novas tarifas propostas pelo presidente Donald Trump, que ainda estavam em definição na tarde de hoje.

Confira abaixo a variação e a pontuação dos índices de ações dos Estados Unidos após o fechamento:

Dow Jones: -1,14%, 41.433,46 pontos
Nasdaq 100: -0,18%, 17.436,1 pontos
S&P 500: -0,75%, 5.572,07 pontos

 

Paulo Holland e Darlan de Azevedo / Agência Safras News

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