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Bolsa fecha em queda e dólar em alta com peso do fiscal interno e tarifas de Trump

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São Paulo – A Bolsa fechou em queda, oscilou entre a mínima de 130.991,87 pontos e máxima de 132.424,43 pontos com peso do cenário fiscal doméstico e o aumento das taxações pelo presidente dos Estados Unidos. Das 87 ações da carteira teoria do Ibovespa, apenas 15 subiram.

Trump disse que vai anunciar novas tarifas para carros, alumínio e produtos farmacêuticos, e tributar os países que compram petróleo ou gás da Venezuela.

O destaque positivo ficou para as ações da Brava Energia (BRAV3), que subiram 10,19%. Na ponta negativa, Embraer (EMBR3) caiu 4,69%.

O principal índice da B3 caiu 0,77%, aos 131.321,44 pontos. O Ibovespa futuro com vencimento em abril registrou queda de 0,58%, aos 132.320 pontos. O giro financeiro foi de R$ 18,4 bilhões. Em Nova York, os índices fecharam em alta.

Thiago Pedroso, responsável pela área de renda variável da Critera, afirma que a política tarifária de Donald Trump e o fiscal doméstico impactam na Bolsa.

“A guerra comercial pauta o mercado. Trump voltou a falar que anunciará no próximo dia 2 novas tarifas sobre carros, alumínio e fármacos. Trump também disse que irá tributar todos os países que compram petróleo ou gás da Venezuela em 25%. Essa decisão afetaria diretamente o Brasil. Além disso, a questão fiscal local sempre amplifica a volatilidade”.

Virgilio Lage, especialista da Valor Investimentos, afirma que como a bolsa subiu forte na semana passada, hoje grande parte desse movimento é de realização de lucros.

“Tanto os investidores que estavam comprado em bolsa estão colocando parte dos lucros no bolso, quanto os vendidos apostando na queda do dólar. Não são movimentos específicos e nem claros. Outro ponto é que parte estrangeiros retiraram um pouco do capital da bolsa brasileira [no dia 20 saíram da B3 R$ 3,828 bilhões], tendo em vista que houve um alívio nas bolsas americanas por conta da guerra entre Rússia e Ucrânia, e os investidores retornaram para os Estados Unidos”.

Mais cedo, Pedroso, afirmou que a bolsa passa por ajuste técnico, mas de olho no fiscal doméstico.

“O risco fiscal está pesando [no pregão de hoje]. O governo já deixou bem claro que todas medidas daqui para frente serão voltadas para ajudar na melhora da popularidade com foco na eleição de 2026. Lá fora, uma melhora no mercado americano também rouba fluxo local, mas ainda assim a questão fiscal é preponderante. Por enquanto é uma correção técnica, acho que a questão fiscal vai pesar muito se Lula melhorar nas pesquisas de popularidade ou se os impactos das atuais políticas expansionista (fiscal e parafiscal) trouxer elevação da inflação, o que dado o tempo de defasagem podemos ver ocorrer ao longo do próximo semestre”.

No mercado de câmbio, o dólar comercial fechou a R$ 5,7518 para venda, com valorização de 0,63%. Às 17h05, o dólar futuro para março tinha baixa de 0,48% a R$ 5.761,500. O Dollar Index, que mede o desempenho da moeda americana frente a uma cesta de unidades, subia 0,18% a 104,29 pontos.

O dólar ganhou força em razão da guerra comercial patrocinada por Donald Trump. O presidente dos Estados Unidos disse que vai aplicar novas tarifas sobre alumínio, produtos farmacêuticos e automóveis; além de taxar países que importam petróleo ou gás da Venezuela.

Thiago Pedroso, responsável pela área de renda variável da Critera, disse que a piora do mercado é atribuída à guerra comercial.

“Trump voltou a falar que anunciará no próximo dia 2 novas tarifas sobre carros, alumínio e fármacos e o secretário de comercio dos EUA também fez uma “ameaça” dizendo que dia 2 eles irão anunciar as tarifas recíprocas. Além disso, há pouco o Trump anunciou que irá tributar todos os países que compram petróleo ou gás da Venezuela em 25%. Isso afetaria diretamente o Brasil”.

Para amanhã, o mercado direciona suas atenções para a ata do Comitê de Política Monetária (Copom), com os detalhes para a tomada de decisão na reunião da semana passada. O documento será divulgado às 8h.

“Com uma agenda repleta de dados econômicos relevantes, a semana promete ser decisiva para os rumos da política monetária no Brasil. A expectativa se concentra na ata do Copom, que será divulgada nesta terça-feira (25), e que deve esclarecer a visão do Banco Central sobre a desaceleração incipiente da atividade econômica e os efeitos do ciclo prolongado de aperto monetário”, situa Arnaldo Lima, economista e RI da Polo Capital.

“A depender do tom do documento – se mais dovish (favorável à flexibilização) – o mercado pode revisar para baixo a projeção da Selic terminal em 2025, atualmente mantida em 15% conforme o Relatório Focus”, acrescenta. “Por outro lado, um tom mais hawkish reforçaria a cautela, mantendo as taxas elevadas por mais tempo. Também ganham destaque o IPCA-15 de março e o Relatório de Política Monetária, ambos previstos para quinta-feira (27), além do IGP-M e da taxa de desemprego na sexta-feira (28), compondo um cenário de alta sensibilidade para os ativos domésticos”, conclui.

O último Relatório Focus, divulgado nesta segunda-feira (24), reduziu levemente a projeção para o IPCA de 2025 para 5,65%, mas elevou a expectativa para 2026 de 4,48% para 4,50%.

O mercado também ajustou levemente para baixo as previsões de crescimento do PIB: de 1,99% para 1,98% em 2025, evidenciando uma visão mais cautelosa sobre a atividade econômica.

Assim como o dólar, as taxas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DIs) fecharam em alta puxadas pela decisão do presidente dos Estados Unidos em aumentar os tributos para alguns produtos e aplicar taxas a países que adquirem petróleo e gás da Venezuela. Por aqui, o fiscal doméstico e a expectativa para a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) amanhã ficam no foco do investidor.

Por volta das 16h17 (horário de Brasília), o DI para janeiro de 2026 tinha taxa de 15,025% de 14,930% no ajuste anterior; o DI para janeiro de 2027 projetava taxa de 14,885%, de 14,780%, o DI para janeiro de 2028 ia a 14,675%, de 14,545%, e o DI para janeiro de 2029 com taxa de 14,640% de 14,535% na mesma comparação.

No exterior, os principais índices do mercado de ações dos Estados Unidos fecharam o pregão em alta expressiva, com o otimismo de que o presidente Donald Trump possa se conter na implementação de alguns dos seus amplos planos de tarifas, permitindo que os Estados Unidos evitem uma desaceleração econômica decorrente de uma guerra comercial prolongada.

Confira abaixo a variação e a pontuação dos índices de ações dos Estados Unidos após o fechamento:

Dow Jones: +1,42%, 42.583,32 pontos
Nasdaq 100: +2,27%, 18.188,6 pontos
S&P 500: +1,76%, 5.767,57 pontos

 

 

 

Paulo Holland, Dylan Della Pasqua e Darlan de Azevedo / Agência Safras News

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