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Bolsa fecha em queda e acumula perda de 3,6% na semana com política tarifária de Trump; dólar encerra a R$ 5,54

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São Paulo -A Bolsa fechou em queda, conseguiu terminar nos 136 mil pontos, em uma semana estressante envolvendo a política tarifária de Donald Trump, que impôs uma sobretaxa de 50% aos produtos importados do Brasil. O mercado manteve cautela no pregão desta sexta-feira e na expectativa das discussões sobre as tarifas no final de semana. As ações de peso, como Petrobras e Vale subiram. Na semana, o Ibovespa caiu 3,6%.

As ações da Petrobras (PETR3 e PETR4) subiram 0,39% e 1,20%. Petrorio (PRIO3) registrou alta de 2,20%. PetroRecôncavo (RECV3) avançaram 3,50%. Vale (VALE3) fechou com ganho de 1,30%.

O principal índice da B3 caiu 0,40%, aos 136.187,31 pontos. O Ibovespa futuro com vencimento em agosto perdeu 0,50%, aos 137.880 pontos. O giro financeiro foi de R$ 19,3 bilhões. Em Nova York, os índices fecharam em queda.

Gustavo Bertotti, economista e head de renda variável da Fami Capital, disse a incerteza em torno da tarifa traz muita volatilidade ano mercado.

“O mercado está corrigindo, cauteloso por não ter nada definido e muito refém do que vai acontecer no final de semana com discussões sobre as tarifas envolvendo o governo e o ex-presidente. O diálogo sempre é a melhor forma para um acordo entre os países. Em termos de juros, o pior cenário é pausa da Selic e depois aumento novamente. As empresas não têm mais capital de financiamento e estão atuando no endividamento”.

Bruno Komura, analista da Potenza Capital, disse que as tarifas comerciais geram incertezas e volatilidade.

“No Brasil, é praticamente consenso que a tarifa [aplicada ao País] não será de 50%, mas o intervalo entre 40% e 10% é alto. Se for 40% é muito ruim, se for 15% não vai prejudicar tanto [o Brasil]. Mas, existe muita dúvida sobre isso porque essa tarifa tem uma lógica mais política-ideológica que econômica. Não é clara as opções para a negociação. Qual a margem de cada um dos lados para ser negociado e chegar em um acordo bom? O que seria suficiente para o Trump baixar os 50% em um nível perto de 10%? Essa dificuldade de entender o que está acontecendo está fazendo os ativos estressarem. O mercado vai ficar de olho no 1º agosto, mas no meio do caminho vai ter turbulência e volatilidade, que vai refletir na bolsa”.

No mercado de câmbio, o dólar comercial fechou a R$ 5,5461 para venda, com valorização de 0,09%. Às 17h05, o dólar futuro para agosto tinha alta de 0,06% a R$ 5.570,000. O Dollar Index, que mede o desempenho da moeda americana frente a uma cesta de unidades, subia 0,23% a 97,88 pontos.

O dólar perdeu força perto do fechamento, após ter atingido a máxima no interdiário de R$ 5,5919. A volatilidade é a bola da vez em um cenário de incerteza sobre a política tarifária de Donald Trump. As discussões envolvendo o governo brasileiro e o ex-presidente, Jair Bolsonaro, devem aumentar não final de semana.

Gustavo Bertotti, economista e head de renda variável da Fami Capital, disse que a imposição do Trump em taxar o Brasil em 50% gera muita volatilidade e preocupação do mercado.”Apesar de o dólar ter reduzido a alta, o mercado está muito volátil e não é possível dar um motivo específico para explicar isso. As tarifas geram muita incerteza, volatilidade e os investidores estão preocupados com o que vai acontecer no final de semana. As discussões em cima das tarifas envolvendo o Bolsonaro e o posicionamento do governo devem crescer. A cooperação e o entendimento são a melhor forma nesse cenário, que está muito ruim”.

Mais cedo, o presidente americano disse que pode procurar Lula para discutir sobre a a tarifa.

O presidente Donald Trump anunciou que os Estados Unidos vão impor uma tarifa de 35% sobre produtos importados do Canadá a partir de 1 de agosto. Segundo autoridades americanas, produtos que estiverem em conformidade com o Acordo Estados Unidos-México-Canadá (USMCA) estarão, por ora, isentos dessa nova tarifa, mas essa condição pode mudar conforme as negociações evoluam.

Bruno Shahini, especialista em investimentos da Nomad, reiterou que a ameaça dos Estados Unidos de impor tarifas de 50% sobre produtos brasileiros ampliou a aversão ao risco e pressionou moedas emergentes. “A expectativa de novas medidas protecionistas contra a União Europeia e a continuidade da saída de capital estrangeiro aumentam a demanda por dólar. No cenário doméstico, as incertezas fiscais e as discussões sobre o IOF também contribuem para o ambiente de cautela. A valorização do petróleo e do minério de ferro ofereceu algum alívio no final da sessão marcada por alta volatilidade”, completou.

Assim como o dólar, as taxas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DIs) fecharam em alta acompanhando o movimento global de aversão ao risco.

No exterior, os principais índices do mercado de ações dos Estados Unidos fecharam o pregão em campo negativo, um dia após o S&P 500 atingir um novo recorde histórico, após o anúncio do presidente Donald Trump de uma tarifa de 35% sobre o Canadá e ameaças de tarifas ainda maiores para outros países.

Confira abaixo a variação e a pontuação dos índices de ações dos Estados Unidos após o fechamento:

Dow Jones: -0,63%, 44.371,51 pontos
Nasdaq 100: -0,22%, 20.585,53 pontos
S&P 500: -0,33%, 6.259,75 pontos

 

Dylan Della Pasqua e Darlan de Azevedo /Safras News

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