Logo (4)
COTAÇÕES
Dólar
Euro

Bolsa fecha em queda de 0,03%, estável, no patamar dos 135 mil pts com tarifas no radar; dólar cai

Links deste artigo

São Paulo -A Bolsa fechou a sétima sessão em queda de 0,03%, estável, em um pregão volátil, mas conseguiu se segurar no patamar dos 135 mil pontos com mercado reagindo às reuniões de negociação entre governo e o empresariado sobre as tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Commodities caíram.

Após o encontro, os empresários pediram pela prorrogação do início da taxação. Mais cedo, Trump voltou a defender o ex-presidente, Jair Bolsonaro, e citou novamente as tarifas.

A Vale (VALE3) caiu 2,61% e (PETR4) perdeu 0,77%. Itaú (ITUB4) e Banco do Brasil (BBAS3) avançaram 0,34% e 1,06%. As varejistas subiram.

O principal índice da B3 caiu 0,03%, aos 135.250,10 pontos. O giro financeiro foi de R$ 17,7 bilhões. Em Nova York, os índices fecharam mistos. Às 17h14(horário de Brasília), o Ibovespa futuro com vencimento em agosto tinha queda de 0,02%, aos 136.725 pontos.

Felipe SantAnna, especialista em mercado financeiro do grupo Axia Investing, disse que o pregão melhorou na parte da tarde “em razão do aparente recuo do governo, depois que o Alckmin [Geraldo Alckmin, vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços] sinalizou uma negociação de prazo com os EUA e negociação sobre as tarifas. A gente estava aguardando uma posição mais dura do Brasil. Mesmo com todo esse cenário, hoje o fluxo está baixo, mercado lento em vários momentos, nem o CPI nos EUA fez preço aqui”.

Diego Faust, operador de renda variável da Manchester Investimentos, disse que ao tarifaço segue no foco do investidor e a melhora da popularidade do Lula.

“A incerteza do que vai acontecer em relação às tarifas de Trump e como serão as negociações seguem no foco. A questão fiscal ainda não resolveu, é possível que saia algo hoje, mas o tarifaço faz com que todo mundo sente para conversar, o que é positivo. O fluxo está saindo da B3 e o que também faz preço é a melhora da popularidade e do presente Lula e um possível racha da direita. A volatilidade continua. Lá fora, é interessante observar as falas dos dirigentes do Fed, o que têm a dizer em relação a isso [tarifas], e pano de fundo é inflação/juros”.

Faust comentou que “o pano de fundo claro e que nos afeta é o dólar. A moeda tem se enfraquecido frente os pares globais. DXY fez correção nas últimas semanas. Apesar de no curto prazo estar fazendo um retorno, no movimento mais longo está corrigindo e batendo níveis que não se avia há tempos. O fato de o real ter se valorizado tanto contra o dólar traz alívio inflacionário, que é importante pra o BC. Na questão global, a questão da tarifa desfavorecendo o dólar favorece o Brasil”.

Mais cedo, saiu a inflação ao consumidor de junho dos Estados Unidos, que subiu 0,3% e em 12 meses até junho avançou 2,7%. Para Gustavo Sung, economista-chefe da Suno Research, o CPI veio dentro do esperado, mas “com o qualitativo ligeiramente pior mantém a postura cautelosa do banco central norte-americano. Vale destacar que o índice já reflete, mas não completamente, os efeitos das novas tarifas comerciais impostas em abril. Os impactos dessa política comercial devem ser sentidos com mais força nos próximos meses. Nesse contexto, avaliamos que o banco central norte-americano terá espaço mais limitado para cortar juros. Acreditamos que a inflação pesará mais no balanço de riscos do que a desaceleração da atividade econômica. Passado o choque das tarifas, esperamos o primeiro corte na taxa de juros no final de 2025. Por outro lado, caso o mercado de trabalho mostre sinais mais claros de enfraquecimento, indicando uma perda de dinamismo da economia, o Fed poderá intensificar os cortes de juros ao longo do ano”.

No mercado de câmbio, o dólar comercial fechou em queda de 0,48%, cotado a R$ 5,5586. A moeda refletiu, ao longo da sessão, as incertezas sobre o desfecho do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e do tarifaço de Trump contra o Brasil.

O Indice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) de maio, nos Estados Unidos, tenha vindo em linha com o esperado (0,3%), foi divulgado no início da sessão e teve impacto na divisa estadunidense, com a expectativa de que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) possa começar a cortar os juros ainda este ano.

O economista-chefe do Banco Bmg, Flávio Serrano, explica que os dados da economia norte-americana e as incertezas sobre o cenário doméstico fazem com que o dólar não tenha uma direção clara, e vai além: “Se as tarifas forem confirmadas em agosto, pouco irá afetar a moeda. Boa parte já está precificada”.

De acordo com o sócio da Top Gain Leonardo Santana, “o cenário ainda é otimista, comprojeção de corte de juros tanto aqui quanto nos Estados Unidos. Embora ainda não tenha nada concreto, deve ter algum acordo sobre o IOF e tarifas de Trump”.

Ao contrário do dólar, as taxas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DIs) fecharam em alta. Isso teve reflexo direto da percepção de melhor do governo Lula.

Por volta das 17h29 (horário de Brasília), o DI para janeiro de 2026 tinha taxa de 14,940% de 14,940% no ajuste anterior; o DI para janeiro de 2027 projetava taxa de 14,365%, de 14,285%, o DI para janeiro de 2028 ia a 13,755%, de 13,570%, e o DI para janeiro de 2029 com taxa de 13,640% de 13,470% na mesma comparação.

No exterior, os principais índices do mercado de ações dos Estados Unidos fecharam o pregão em direções opostas, pressionados por preocupações com a inflação dos Estados Unidos e uma série de resultados mistos entre os grandes bancos. Já o Nasdaq Composite foi impulsionado pelos ganhos da Nvidia.

Confira abaixo a variação e a pontuação dos índices de ações dos Estados Unidos após o fechamento:

Dow Jones: -0,98%, 44.023,29 pontos
Nasdaq 100:+0,18%, 20.677,80 pontos
S&P 500: -0,40%, 6.243,76 pontos

 

Paulo Holland e Darlan de Azevedo / Safras News

Compartilhe

  • Deixe uma resposta
    O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *
PLATAFORMA SAFRAS

RELACIONADOS

  • Todos
  • Açúcar
  • Açúcar e Etanol
  • Agenda da Semana
  • Agricultura de Precisão
  • Agronegócio
  • Algodão
  • Arroz
  • Biodiesel
  • Blog Açúcar
  • Blog açúcar e etanol
  • Blog Agricultura de Precisão
  • Blog Algodão
  • Blog Arroz
  • Blog Biodiesel
  • Blog boi
  • Blog Café
  • Blog clima
  • Blog Feijão
  • Blog Fertilizantes
  • Blog Frango
  • Blog Milho
  • Blog Plataforma Safras
  • blog safras
  • Blog Soja
  • blog suíno
  • Blog Trigo
  • Boi
  • Café
  • Clima
  • Destaque
  • Economía
  • Economia
  • Empresas
  • Empresas
  • Feijão
  • Fertilizantes
  • Financeiro
  • Frango
  • Mercado
  • Milho
  • Plataforma Safras
  • SAFRAS Podcast
  • SAFRAS TV
  • Sem categoria
  • Social BR
  • Social Latam
  • Soja
  • Suíno
  • Trigo

Ganhe uma visão uniforme e aprofundada do agronegócio com a Plataforma Safras: acesse análises, preços comerciais, fretes, paridades, estatísticas, indicadores, notícias, gráficos e baixe relatórios em um único lugar!

TUDO SOBRE O AGRONEGÓCIO

 GLOBAL EM UM SÓ LUGAR

Ver Pacotes
Group 139 1

CADASTRE SEU E-MAIL E FIQUE POR DENTRO DAS INFORMAÇÕES SOBRE O AGRONEGÓCIO.

Cadastrar