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Bolsa fecha em queda com tarifas de Trump no radar, mas na semana tem leve alta; dólar sobe

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São Paulo -A Bolsa fechou em queda pelo segundo dia seguido, chegou a atingir a máxima de 134.204,42 pontos, mas terminou na faixa dos 133 mil pontos, em mais um pregão em que os investidores mantiveram cautela com as indefinições sobre o tarifaço de Donald Trump. Na semana, subiu 0,10%.

O prazo para a tarifa de 50% sobre os produtos importados do Brasil entrarem em vigor está próximo, no dia 1º de agosto.

As ações da Yduqs (YDUQ3) lideraram a queda do Ibovespa de 4,69% em meio a mudanças internas- Eduardo Parente deixa o cargo de CEO e quem assume é o atual CFO, Rossano Marques. Na ponta positiva, o destaque ficou para Vibra (VBBR3), que subiu 3,38%.

As ações da Vale (VALE3) caíram 1,46% e as da CSN (CSNA3) recuaram 2,10% em razão da queda do minério de ferro. Usiminas (USMI5) perdeu refletindo o resultado do 2T25.

O principal índice da B3 caiu 0,21%, aos 133.524,18 pontos. O giro financeiro era de R$ 13,9 bilhões. Às 17h17(horário de Brasília), o Ibovespa futuro com vencimento em agosto tinha queda 0,22%, aos 134.320 pontos. Em Nova York, os índices fecharam no positivo.

Segundo a Ativa Investimentos, a queda do Ibovespa reflete “a incerteza sobre tarifas e IPCA-15 acima do esperado, enquanto o exterior sobe com a divulgação de resultados corporativos positivos e possível acordo com União Europeia”. Marcelo Boragini, especialista em renda variável da Davos Investimentos, disse que o mercado opera com aas tarifas no radar.

“A cautela predomina [no mercado] com falta de definições sobre a tarifa imposta pelos Estados Unidos ao Brasil. O mercado olha essa questão com lupa. O Ibovespa opera estável, abaixo do suporte de 134 mil pts-pontuação importante na visão técnica. O índice veio pra baixo e isso abre espaço para queda maior. A Vale cai em razão do minério de ferro e faz um pouco de pressão. Quanto ao IPCA-15, veio em linha com as expectativas, sem grandes surpresas, apesar de ter acelerado frente junho (+0,26%). A pressão maior foi de transportes de +0,67%, contra 0,06% em junho”.

Em relação aos balanços do segundo trimestre de 2025, a Usiminas reportou resultado mais cedo. “As ações caem refletindo o ebitda [ebitda ajustado cresceu 65% no 2T25 ante o mesmo período do ano passado para R$ 408 milhões], que ficou aquém das projeções, frustrando parte das expectativas do mercado. No geral, os números foram positivos com boa geração de caixa”, explicou Boragini.

Em relação ao IPCA-15, divulgado mais cedo, Gustavo Cruz, estrategista-chefe da RB Investimentos, disse que a inflação veio praticamente em linha com a expectativa do mercado, “sem grandes surpresas na sua abertura. Um ponto positivo foi a queda na difusão, que passou de 57 para 51. Por outro lado, o segmento de serviços ainda preocupa, acelerou de 0,30% para 0,70%, o que pode dificultar o processo de desinflação. A projeção é de que o índice em 12 meses continue oscilando entre 5% e 5,5% no segundo semestre, mesmo com algumas revisões recentes. Olhando para frente, há um risco adicional vindo da conta de luz, com possíveis reajustes tarifários mais altos sendo discutidos. Em relação ao Copom, entendemos que o ciclo de cortes foi encerrado com a Selic em 15%, embora o comunicado deva reforçar o acompanhamento atento do cenário e das expectativas. O mais relevante, neste momento, é observar as revisões para baixo nas projeções de inflação para 2025, que podem influenciar os próximos passos da política monetária”.

O Indice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) subiu 0,33% em julho, levemente acima das projeções do Termômetro Safras (+29%). Em 12 meses até julho, a alta foi de 5,30% e a estimativa era de 5,25%.

No mercado de câmbio, o dólar comercial fechou em alta de 0,76%, cotado a R$ 5,5619. A moeda refletiu, ao longo da sessão, o movimento de valorização global da divisa estadunidense. Em paralelo a isso, crescem as expectativas de que um acordo comercial entre Brasil e Estados Unidos seja selado até o próximo dia 1. Na semana, o dólar teve valorização de 0,27%.

Para o head de Tesouraria do Travelex Bank, Marcos Weigt, os emergentes sentem mais do que as moedas desenvolvidas nesta sexta, ainda impactados pelas incertezas comerciais que envolvem os Estados Unidos.

O sócio da Top Gain Leonardo Santana, observa que o dólar da maior parte das moedas na sessão de hoje: “A expectativa do mercado é para a super quarta, na próxima semana. De como será a postura do Fomc e do Copom”.

Assim como o dólar, as taxas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DIs) fecharam em alta. O tarifaço de Trump segue no radar, gerando cautela.

Por volta das 16h37 (horário de Brasília), o DI para janeiro de 2026 tinha taxa de 14,930% de 14,930% no ajuste anterior; o DI para janeiro de 2027 projetava taxa de 14,230%, de 14,200%, o DI para janeiro de 2028 ia a 13,595%, de 13,550%, e o DI para janeiro de 2029 com taxa de 13,545% de 13,510% na mesma comparação.

No exterior, os principais índices do mercado de ações dos Estados Unidos fecharam o pregão em campo positivo, impulsionados por resultados sólidos de empresas e pelos mais recentes desdobramentos comerciais.

Confira abaixo a variação e a pontuação dos índices de ações dos Estados Unidos após o fechamento:

Dow Jones: +0,47%, 44.901,92 pontos
Nasdaq 100: +0,24%, 21.108,32 pontos
S&P 500: +0,40%, 6.388,64 pontos

Paulo Holland e Darlan de Azevedo / Safras News

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