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Bolsa fecha em leve queda sob impacto do fiscal doméstico, dólar recua

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São Paulo – A Bolsa fechou em leve queda, oscilou entre a máxima de 139.108,26 pontos e a mínima de 137.993,33 pontos, com o mercado focado nos desdobramentos sobre a proposta do governo em elevar o Imposto sobre Operações (IOF).

Em relação ao setor de petróleo, o desempenho foi misto em dia de volatilidade da commodity. Circularam rumores sobre um possível aumento de produção pela Opep+ a partir de julho, o que acabou pressionando os preços. A A Petrobras (PETR3 e PETR4) caiu levemente 0,11% e 0,60%, mas a Petrorio (Prio3) conseguiu subir 2,04%.

A Azul (AZUL4) encerrou as operações na bolsa com queda de 6,79%.

Mais cedo, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos -PB) disse, em entrevista coletiva, que o governo tem 10 dias para trazer uma alternativa sobre o aumento do IOF. O líder do governo, Randolfe Rodrigues, disse que vamos superar esse problema em 10 dias.

O principal índice da B3 caiu 0,25%, aos 138.533,70 pontos. O Ibovespa futuro com vencimento em junho perdeu 0,49%, aos 139.585 pontos. O giro financeiro foi de R$ 17,9 bilhões. Em Nova York, os índices fecharam em alta.

Alexsandro Nishimura, economista e sócio da Nomos, disse que o cenário doméstico fez preço na bolsa na sessão de hoje e gerou cautela dos investidores.

“O Ibovespa caiu durante toda sessão, apesar do bom humor nos mercados internacionais. A forte criação de empregos formais em abril [ontem o Caged mostrou a criação de 257,5 mil postos de trabalho] e a queda na taxa de desemprego [caiu 6,6% em abril, mostrou a Pnad mais cedo] poderiam ser impulso por uma avaliação de resiliência da atividade econômica, mas o mercado está mais focado no imbróglio sobre a proposta de elevação do IOF e suas implicações, desde reflexos políticos, situação fiscal e impacto sobre a atividade”.

Josias Bento, especialista em investimentos e sócio da GT Capital, disse que “o mercado está desconfiado em relação ao governo cumprir as metas fiscais. Isso faz com que os juros futuros subam levando empresas varejistas, empresas Small caps e construtoras a terem um desempenho pior no dia de hoje”.

Matheus Spiess, analista da Empiricus Research, disse que o mercado monitora o cenário externo, após o bloqueio das tarifas de Donald Trump, e o fiscal aqui.

“A decisão do Tribunal de Comércio Internacional dos EUA em bloquear parte relevante das tarifas recíprocas foi clara, objetiva e transparente, o que animou os mercados lá fora, mas o resultado da Nvidia foi o principal motivo para a alta. Se engana quem acha que é o fim dessa história. Se chegar à Suprema Corte, eles deverão acatar alguns pontos, descartar outros e o restante o Congresso deve decidir, mas o ruido institucional está montado. O Fed vai seguir o que colocou na ata [divulgada ontem], esperar para entender a extensão dos impactos materiais. Ainda precisamos saber o quanto dessas tarifas serão suspensas ou não. Se vier corte de juros, será no último trimestre desse ano. Por aqui, o governo plantou essa bomba [do aumento do IOF] e sabe que vai ter de recuar em algo, não quer voltar atrás em 100%, mas o Congresso quer [derrubar] tudo. Essa mudança do Imposto gerou uma crise, um mal-estar, mas não a ponto de tirar o Haddad. Nos últimos meses, a bolsa andou bastante explicada pela rotação geral de recursos, percepção de corte de juros para final do ano e, com o desgaste do governo, aumenta a chance de mudança de partido político [para as eleições do ano que vem]. Não acho que o fato de atividade econômica [o IPCA-15 desacelerou e o mercado de trabalho se mostra resiliente] estar robusta vai impedir do BC encerrar o ciclo de aperto monetário”.

No mercado de câmbio, o dólar fechou em queda de 0,48%, cotado a R$ 5,6673. A moeda refletiu, ao longo da sessão, o intenso fluxo estrangeiro.

Para o sócio da Pronto! Invest Vanei Nagem, a desvalorização do dólar se deve principalmente entrada de capital estrangeiro: “A judicialização das tarifas ainda não tem resultado prático”, avalia.

Nagem observa, ainda, que a moeda brasileira está descolada do exterior, impactada pelo fluxo.

Segundo a Ajax Asset, “lá fora, ativos de risco operam em alta após a decisão da Justiça americana de barrar as tarifas de Trump. Também contribui para a alta das ações, os números positivos de Nvidia. Juros dos Treasury Bonds em leve alta”.

Diferentemente do dólar,  as taxas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DIs) fecharam em alta, puxadas pelos ruídos fiscais domésticos.

Por volta das 16h54 (horário de Brasília), o DI para janeiro de 2026 tinha taxa de 14,755% de 14,735% no ajuste anterior; o DI para janeiro de 2027 projetava taxa de 14,040%, de 13,940%, o DI para janeiro de 2028 ia a 13,535%, de 13,450%, e o DI para janeiro de 2029 com taxa de 13,530% de 13,490% na mesma comparação.

No exterior, os principais índices do mercado de ações dos Estados Unidos fecharam o pregão desta quinta-feira em alta, em um pregão muito movimentado. Por um lado, o balanço da Nvidia, divulgado ontem, trouxe resultados melhores que o previsto, mas o desempenho ficou limitado por conta de decisões judiciais sobre as tarifas de Donald Trump.

Confira abaixo a variação e a pontuação dos índices de ações dos Estados Unidos após o fechamento:

Dow Jones: +0,28%, 42.215,73 pontos
Nasdaq 100: +0,39%, 19.175,87 pontos
S&P 500: +0,40%, 5.912,17 pontos

 

 

Paulo Holland e Vanessa Zampronho   / Safras News

 

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