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Bolsa fecha em leve queda em meio às tensões geopolíticas, mas na semana sobe; dólar encerra a R$ 5,54

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São Paulo – A Bolsa fechou em leve queda, oscilou entre a mínima de 137.799,95 pontos e a máxima de 136.585,90 pontos, em um pregão com as atenções voltadas para o exterior em razão da tensão geopolítica em que o petróleo disparou e ajudou na valorização da Petrobras (PETR3 e PETR4) e petroleiras. Na semana, o Ibovespa acumulou ganhos de 0,81%

As ações da Petrobras (PETR3 e PETR4) subiram 2,13% e 2,45% com a alta do petróleo e com a possibilidade de a companhia pagar dividendos extras. Petrorio (PRIO3) avançou 1,75% e PetroRecôncavo (RECV3) registrou alta de 2,70%.

Outro destaque positivo foi a Suzano (SUZB3) com + 2,19%, após o banco Goldman Sachs recomendar a compra da ação e elevar o preço-alvo, citando que os papéis estão baratos e podem se beneficiar da alta no preço da celulose.

Na contramão, Vale (VALE3) caiu 1,32%. As ações cíclicas foram bem penalizadas.

O principal índice da B3 caiu 0,42%, aos 137.212,63 pontos. O Ibovespa futuro com vencimento em junho perdeu 0,60%, aos 137.330 pontos. O giro financeiro foi de R$ 22,5 bilhões. Em Nova York, as bolsas fecharam queda.

Christian Iarussi, especialista em investimentos e sócio da The Hill Capital, disse que “os mercados reagem à disparada inicial do petróleo que chegou a subir mais de 10% em meio a temores de que o conflito [entre Israel e Irã] afete o fornecimento global da commodity. Ainda que os preços tenham amenizado após relatos de que os ataques não atingiram campos petrolíferos, a volatilidade persiste”.

Para Alan Martins, analista técnico da Nova Futura Investimentos, apesar da situação de conflito entre Israel e Irã, a bolsa pode melhorar “porque o conjunto é favorável -IPCA com trajetória de queda e [volume de] serviços um pouco mais comportado, teoricamente o gringo olha os juros e a nossa taxa está atrativa. A Petrobras também ajuda, já os bancos caem. Lá fora, ainda tem muita gordura pra queimar do S&P, quem quiser uma alocação mais segura vai para os treasuries e, para uma correção compra emergente barato porque não tem guerra [nesses países]. O fiscal ainda preocupa, mas se tivermos uma clareza com corte [de gastos] ou algo factível, o mercado volta a animar bastante porque o câmbio está comportado; na parte monetária, o Banco Central está atuando de forma correta”.

No mercado de câmbio, o dólar comercial fechou em queda de 0,03%, cotado a R$ 5,5408. A moeda refletiu, especialmente na parte da tarde, o intenso fluxo estrangeiro. O conflito entre Israel e Irã, que impacta a cotação do petróleo, segue no radar. Na semana, a moeda teve desvalorização de 0,51%.

O especialista em investimentos da Nomad Bruno Shahini observa que “após uma semana marcada por dados favoráveis de inflação nos Estado Unidos, que levaram o mercado a antecipar o início do ciclo de flexibilização monetária pelo Fed, o foco dos investidores agora retorna ao cenário externo, caracterizado pelo aumento da aversão ao risco e pelo temor de uma escalada militar mais ampla, fatores estes que podem manter o dólar fortalecido na próxima semana”.

Para o head de Tesouraria do Travelex Bank, Marcos Weigt, “o dólar abriu em alta por conta da aversão a risco em alta, mas no final o real está performando melhor que os pares e o DXY. A tese do dólar mais fraco e a diversificação em emergentes e o juro alto no brasil estão prevalecendo”

Segundo o sócio da Ethimos Investimentos Lucas Brigato, “o mercado acordou tenso com a troca de drones entre Israel e irã. Depois de uma semana positiva o mercado devolveu performance puxando o dólar para perto dos R$ 5,60. Por ora, outros drivers vão para segundo plano”.

“Ontem, Israel iniciou uma operação militar para atingir alvos de programas nucleares do Irã. O objetivo seria interromper os avanços iranianos em seu projeto de uma arma nuclear. Após os ataques militares de Israel, o Irã retaliou com drones direcionados a Israel todos foram interceptados e nenhum atingiu o país. Como consequência, observou-se uma forte alta do Petróleo, com queda das bolsas e fechamento de taxas de juros globais. Esse petróleo em alta por mais tempo pode se traduzir em um ambiente de Estagflation, onde haverá inflação mais alta com crescimento de atividade mais baixo. Ainda é cedo para avaliar a duração do conflito, a reação do Irã e o contágio aos ativos de riscos”, contextualiza a Ajax Asset.

Diferentemente do dólar, as taxas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DIs) fecharam em tímida alta. O mercado precifica um aumento de 0,25 ponto percentual (pp) na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que acontece na próxima semana.

Por volta das 16h40 (horário de Brasília), o DI para janeiro de 2026 tinha taxa de 14,845% de 14,845% no ajuste anterior; o DI para janeiro de 2027 projetava taxa de 14,180%, de 14,185%, o DI para janeiro de 2028 ia a 13,615%, de 13,660%, e o DI para janeiro de 2029 com taxa de 13,555% de 13,535% na mesma comparação.

No exterior, os principais índices do mercado de ações dos Estados Unidos fecharam o pregão em queda, após Israel lançar uma série de ataques aéreos contra o Irã, o que fez os preços da energia dispararem e adicionou mais uma camada de tensão ao cenário geopolítico já delicado no Oriente Médio.

Confira abaixo a variação e a pontuação dos índices de ações dos Estados Unidos após o fechamento:

Dow Jones: -1,79%, 42.197,79 pontos
Nasdaq 100: -1,30%, 19.406,83 pontos
S&P 500: -1,13%, 5.976,97 pontos

 

Paulo Holland e Darlan de Azevedo

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