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Bolsa fecha em leve queda com mercado avaliando tarifas de Trump; dólar encerra a R$ 5,44

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São Paulo -A Bolsa fechou em leve queda pelo segundo dia seguido, conseguiu terminar no patamar dos 139 mil pontos, com os investidores avaliando a postura de Donald Trump sobre as tarifas comerciais, com o anúncio que enviará carta nos próximos dias à União Europeia sobre as taxações de produtos importados do bloco. A alta da Petrobras amenizou a perda do índice em uma sessão volátil.

A Petrobras (PETR3 e PETR4) avançou 2,52% e 1,43%, Vale (VALE3) subiu 0,34%. Itaú (ITUB4) perdia 0,45%. As exportadoras como Weg (WEGE3) e Klabin (KLBN11) caíram 4,06% e 1,21%, respectivamente.

O principal índice da B3 caiu 0,13%, aos 139.302,85 pontos. O Ibovespa futuro com vencimento em agosto recuou 0,16%, aos 141.085 pontos. O giro financeiro foi de R$ 18,3 bilhões. Em Nova York, os índices fecharam mistos.

Gustavo Mendonça, especialista da Valor Investimentos, disse as declarações de Trump no meio da tarde traz certa volatilidade ao mercado.

“Ele voltou a falar sobre guerra comercial, afirmou que deve enviar uma proposta formal para a União Europeia nos próximos dois dias [ele tem enviado cartas a parceiros comerciais. O tom protecionista já acendeu alguns dos temores entre investidores, principalmente, após Trump reforçar a possibilidade de aplicar uma tarifa extra de 10% sobre os produtos vindos dos países do Brics. O Ibovespa chegou a cair mais, mas se recuperou parcialmente com destaque para Vale e Petrobras. Esse movimento ajudou a conter um pouco dessas perdas do índice”.

Armstrong Hashimoto, sócio e operador de renda variável da Venice Investimentos, disse que as tarifas de Trump ainda geram tensão e reage ao varejo.

“As tarifas do presidente americano ainda ficam no radar. Ontem, a sinalização do Trump sobre regulação do prazo das tarifas e ameaça de poder estender [as tarifas] para outros países impactaram no mercado. O que mais preocupou foi Japão e o manifesto contra os Brics. Hoje com a agenda mais fraca, os dados do varejo [caíram 0,2%, e a previsão era de -0,2%] decepcionaram um pouco, mostrando a atividade mais fraca. Do ponto de vista de inflação acaba sendo positivo, mas no contexto geral enfraqueceu. Com esse nível de Selic, é natural ver esse movimento [de queda]. O mercado espera ao longo da semana IPCA de junho, ata do Fed, e fica na expectativa para o desdobramento do IOF”.

No mercado de câmbio, o dólar comercial fechou a R$ 5,4449 para venda, com desvalorização de 0,61%. Às 17h05, o dólar futuro para agosto tinha baixa de 0,80% a R$ 5.476,500. O Dollar Index, que mede o desempenho da moeda americana frente a uma cesta de unidades, subia 0,04% a 97,52 pontos. Os investidores seguiram com as atenções voltadas para o exterior e as notícias sobre as tarifas do presidente americano Donald Trump.

Bruno Shahini, especialista em investimentos da Nomad disse que a queda do dólar refletiu parcialmente a reversão dos ganhos obtidos na sessão anterior, motivada principalmente pelo adiamento das tarifas comerciais dos Estados Unidos, inicialmente previstas para 9 de julho e agora postergadas para 1º de agosto, reforçando o apetite por risco nas bolsas globais hoje.

“Adicionalmente, o desempenho positivo dos preços do minério de ferro e a recuperação do petróleo beneficiam moedas de países emergentes exportadores, resultando na valorização do real e do peso mexicano”, acrescentou. “Vale destacar também que o elevado diferencial de juros entre Brasil e o restante do mundo tem sido um dos principais fatores para a valorização do real neste ano”.

Gustavo Mendonça, especialista da Valor Investimentos, disse que as falas de Donald Trump sobre tarifas trouxeram alerta ao mercado. “Trump disse que vai enviar uma carta nos próximos dois dias para União Europeia com as tarifas que serão aplicadas ao bloco. O dólar reflete esse cenário [de ameaças do presidente Trump]. A moeda está subindo perante outras moedas, mas recuando em frente ao real”.

Mais cedo, Trump publicou em sua rede social Truth Social, que as tarifas serão cobradas a partir de 1 de agosto e esse prazo não será estendido. Ontem, Donald Trump iniciou o envio de notificações a parceiros comerciais sobre a imposição de tarifas significativamente mais altas.

A China emitiu um alerta ao governo Trump, advertindo contra a reativação de tarifas sobre produtos chineses a partir do próximo mês e ameaçando retaliar países que firmarem acordos com os Estados Unidos para excluir a China de suas cadeias de suprimentos. O recado foi transmitido por meio de um editorial do jornal oficial People’s Daily, assinado sob o pseudônimo “Zhong Sheng”, usado para expressar a posição do governo chinês em política externa.

Assim como o dólar, as taxas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DIs) fecharam em queda refletindo as vendas de varejo em maio mais fraco e a desvalorização do dólar.

Por volta das 16h35 (horário de Brasília), o DI para janeiro de 2026 tinha taxa de 14,920% de 14,925% no ajuste anterior; o DI para janeiro de 2027 projetava taxa de 14,165%, de 14,220%, o DI para janeiro de 2028 ia a 13,415%, de 13,480%, e o DI para janeiro de 2029 com taxa de 13,310% de 13,340% na mesma comparação.

No exterior, os principais índices do mercado de ações dos Estados Unidos fecharam o pregão campo misto, após o presidente Donald Trump afirmar que não haverá exceções para o início das tarifas em 1º de agosto.

Confira abaixo a variação e a pontuação dos índices de ações dos Estados Unidos após o fechamento:

Dow Jones: -0,37%, 44.240,76 pontos
Nasdaq 100: -+,03%, 20.418,46 pontos
S&P 500: -0,07%, 6.225,52 pontos

 

Dylan Della Pasqua e Darlan de Azevedo / Safras News

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