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Bolsa fecha em leve queda, após seis pregões em alta em movimento de realização de lucros; dólar encerra a R$5,67

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A Bolsa fechou em leve queda em dia de certa acomodação e um pouco de realização de lucros, após seis pregões em alta e decisão de política monetária aqui e nos Estados Unidos.

O destaque positivo ficou os frigoríficos, principalmente Minerva (BEEF3) que subiu 8,40%. Marfrig (MRFG3) avançou 6,69%. Na ponta negativa, Embraer (EMBR3) ficou entre as maiores queda de 6,72%.

O principal índice da B3 caiu 0,37%, aos 132.007,88 pontos. O Ibovespa futuro com vencimento em abril recuou 0,75%, aos 133.160 pontos. O giro financeiro foi de R$ 23,9 bilhões. Em Nova York, os índices operavam no negativo.

Felipe SantAnna, especialista em mercado financeiro, disse que “a bolsa está aproveitando pra realizar lucros hoje, estamos vindo de várias altas fortes, um fluxo gigante de compra de papéis em praticamente uma semana. A queda do minério puxa a Vale, Petrobras está lateral, com espaço até para realizar mais. Os bancos não estão realizando muito porque o IFNC-Indice que representa os bancos e ativos financeiros, subiu muito [recentemente]”.

Alexsandro Nishimura, economista e diretor da Nomos, disse que “após seis pregões seguidos, período no qual o índice subiu quase 9 mil pontos e ontem fechou acima dos 132 mil pontos, o Ibovespa refletiu uma certa acomodação e realização dos lucros recentes. Essa acomodação também é natural, visto que ocorre após decisões de política monetária por aqui e nos EUA”.

Thiago Lourenço, operador de renda variável da Manchester Investimentos, afirma que a bolsa está morna na sessão de hoje no pós-Copom e Fed.

“Vemos que a Bolsa está dando um respiro, após as altas seguidas. Não vejo nada estrutural para a Bolsa. Em relação ao Copom e Fed, não houve novidades nos comunicados. Aqui talvez tenha sido um pouco mais duro. Embora tenha [o Copom] feito o que estava planejado de subir 1pp [a Selic] e deixar aberto para possíveis altas, mas o fato de eles terem atualizado uma série perspectivas de inflação, emprego, situação econômica não trouxe nenhuma informação otimista para pensar em um alinhamento de expectativa de inflação. Mas, na minha visão, o comunicado foi prudente. O Fed pode dar mais preço que o BC. Como o movimento de alta iniciou com o gringo vendendo EUA e vindo pra emergente, a tendência é que eles se mantenham nos emergentes ou voltem lá”.

Lourenço diz que em termos micro, pode ter alguns ajustes de posição. “Os frigoríficos estão subindo na esteira da JBS [com a dupla listagem], Embraer corrigindo. Itaú e Petrobras caindo. O setor imobiliário avança como proteção de inflação”.

Em relação ao Copom, Tatiana Pinheiro, economista-chefe da Galapagos, disse que “a autoridade monetária sinalizou uma elevação de menor magnitude na próxima reunião, em 7 de maio, com a possibilidade de ajustes adicionais dependendo do balanço de riscos. Em nossa opinião, a decisão reforça a continuidade do ciclo de aperto monetário e mantém nossa projeção de um aumento de 75 pontos-base em maio, levando a Selic para 15%. Também avaliamos que o comunicado do Bacen transmite uma mensagem prudente, reconhecendo a complexidade do cenário internacional, desancoragem adicional das expectativas de inflação, projeções de inflação elevadas, resiliência na atividade econômica e pressões no mercado de trabalho. Acreditamos que essa decisão e comunicação ajuda na construção da credibilidade dessa nova diretoria, uma vez que foi em linha com o consenso do mercado. Mantemos nossa previsão de que o Bacen realizará um ciclo de aperto monetário acelerado, com um aumento de 75 pontos-base em 7 de maio, elevando a taxa Selic para 15%”.

No mercado de câmbio, o dólar comercial fechou em alta de 0,49%, cotado a R$ 5,6761. A moeda refletiu, ao longo do dia, as decisões de política monetária do Comitê de Política Monetária (Copom) e Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), que ocorreram ontem.

Para o analista da Potenza Capital Bruno Komura, a divisa estadunidense é impactada pelo tom mais duro do comunicado do Copom, mas isso deve ser pontual, já que os fundamentos continuam favorecendo a moeda brasileira e fortalecendo o fluxo estrangeiro.

Nicolas Borsoi, economista-chefe da Nova Futura, disse que “o dólar está subindo no mundo. Estamos vendo uma ressaca dos últimos dias, com o mercado empolgado que as tarifas do Trump não teriam muito efeito sobre a economia global, que a desaceleração da economia americana seria benigna para o muno. Uma parte é o desmonte dessas posições alocada nessa ideia, mas pode ter um cenário complicado onde Fed está vendo a economia acelerar e ainda prevê dois cortes de juros. Será que esse cenário de estagflação que o Fed está vendo será benigno para o mercado”.

Diferentemente do dólar taxas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DIs) fecharam em alta, puxadas pelo Comitê de Política Monetária (Copom) e o leilão de venda de Notas do Tesouro Nacional (NTN-F).

Por volta das 16h43 (horário de Brasília), o DI para janeiro de 2026 tinha taxa de 14,865% de 14,720% no ajuste anterior; o DI para janeiro de 2027 projetava taxa de 14,645%, de 14,400%, o DI para janeiro de 2028 ia a 14,390%, de 14,110%, e o DI para janeiro de 2029 com taxa de 14,395% de 14,110% na mesma comparação.

Os principais índices do mercado de ações dos Estados Unidos fecharam o pregão em queda, à medida que as incertezas sobre a economia continuaram pesando sobre as ações, dificultando a recuperação do mercado após um mês de perdas.

Confira abaixo a variação e a pontuação dos índices de ações dos Estados Unidos após o fechamento:

Dow Jones: -0,03%, 41.953,32 pontos
Nasdaq 100: -0,33%, 17.691,6 pontos
S&P 500: -0,21%, 5.662,89 pontos

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