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Bolsa fecha em leve alta em dia marcado por volatilidade, às vésperas do tarifaço; dólar encerra a R$ 5,50

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São Paulo -A Bolsa fechou em leve alta em um dia marcado por volatilidade às vésperas do tarifaço de Donald Trump entrar em vigor e após a prisão domiciliar do ex-presidente, Jair Bolsonaro. Os investidores repercutiram os dados mais fracos da economia americana e ficam à espera do resultado do Itaú, logo mais no fechamento dos negócios. O índice oscilou entre a mínima de 132.681,92 pontos e máxima de 134.232,83 pontos.

Antes do resultado do Itaú (ITUB4), as ações do banco subiram 1,10% na sessão de hoje.

O principal índice da B3 subiu 0,13%, aos 133.151,30 pontos. O giro financeiro foi de R$ 18,7 bilhões. Às 17h11(horário de Brasília), o Ibovespa futuro com vencimento em agosto tinha alta de 0,23%, aos 133.475 pontos Em Nova York, os índices fecharam em queda.

Bruno Komura, analista da Potenza Capital, disse a Bolsa operou toda a sessão com volatilidade, “[a prisão domiciliar de] Bolsonaro quase não fez preço e acho que na margem é positivo porque daqui pouco ele deve ser realmente preso, e vai precisar escolher um sucessor. Esperamos que este processo seja rápido. Em relação às tarifas, o mercado não espera mudanças, e qualquer anúncio do Trump por conta da prisão domiciliar deve ser sobre as pessoas e não comercial”.

Rubens Cittadin, operador de renda variável da Manchester Investimentos, disse que o dado do ISM nos EUA pesou na Bolsa e as questões envolvendo o Bolsonaro deixa o mercado apreensivo.

“O indicador abaixo do esperado- caiu para 50,1 pts e o mercado previa 51,2 pts-trava a perspectiva de corte mais forte ou mais rápido dos juros americanos e pressiona aqui. A prisão domiciliar do Bolsonaro deixa o mercado mais cauteloso, aguardando uma possível retaliação por parte dos EUA. A volatilidade está mais alta porque a amplitude das negociações está bem elevada na sessão de hoje. O Ibovespa já subiu quase 1% e depois caiu. A temporada de balanços está razoavelmente boa, o mercado fica mais pesado por conta da saída de fluxo estrangeiro e toda a crise envolvendo as tarifas”.

Quanto à ata do Copom, Cittadin comentou que “foi mais dura reforçando a questão das tarifas, o que pode trazer um dólar mais alto, um choque na cadeia produtiva, mais inflação e exige juros altas por mais tempo”.

Para André Matos, CEO da MA7 Negócios, o documento “reforça que o Banco Central está com o pé no freio quando o assunto é corte de juros. Mesmo com a inflação em queda, o comitê optou por manter a Selic em 15% e deixou claro que só vai agir com mais clareza no cenário. E o motivo principal é o aumento das incertezas fiscais, em especial, o impacto do tarifaço dos Estados Unidos sobre os produtos brasileiros. A ata destaca que, apesar da melhora nos índices de inflação e de um mercado de trabalho relativamente firme, o ambiente internacional está mais volátil e os riscos fiscais aqui dentro continuam altos. O Copom cita diretamente o impacto negativo do tarifaço sobre o crescimento e a confiança, além do risco de piora na percepção de solvência do Brasil caso medidas de ajuste não sejam tomadas. Isso significa que o BC está mais cauteloso e que qualquer corte de juros à frente depende de um conjunto de fatores: inflação seguindo em queda, ancoragem das expectativas e melhora no ambiente fiscal. Esse cenário é, ao mesmo tempo, desafiador e fértil: buscar valor onde o mercado vê risco e estruturar soluções jurídicas e financeiras para capturar esse valor”.

No mercado de câmbio, o dólar comercial fechou a R$ 5,5060 para venda, estável. Às 17h05, o dólar futuro para setembro tinha baixa de 0,23% a R$ 5.542,500. O Dollar Index, que mede o desempenho da moeda americana frente a uma cesta de unidades, recuava 0,01% a 98,77 pontos.

O dólar comercial operou a maior parte do dia perto da estabilidade. A terça foi de pouca liquidez, com os dados mais fracos da economia americana, questões tarifárias de Trump e ruídos políticos, ata do Copom mais dura e perspectiva de um corte de juros nos Estados Unidos em setembro no radar dos investidores.

“A moeda alternou entre ganhos e perdas ao longo do dia, influenciada pela combinação de fatores externos e internos”, aponta Bruno Shahini, especialista em investimentos da Nomad.”No exterior, indicadores mistos e declarações de autoridades do Federal Reserve reforçaram expectativas de corte de juros em setembro, enquanto, no cenário doméstico, a ata do Copom reafirmou a manutenção da Selic em nível elevado por período prolongado”, completou.

Segundo ele, a ausência de novas declarações de Donald Trump sobre o Brasil, após episódios políticos de alta repercussão, trouxe alívio momentâneo. “Mas as incertezas em torno da tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, que entra em vigor nesta quarta-feira, continuam no radar dos investidores”.

Cristiane Quartaroli, economista-chefe da Ouribank, disse que o dia foi de pouca liquidez. “A moeda subiu e caiu ao longo do dia, esse comportamento é explicado por dados mistos da economia americana com os PMIs, e as falas dos dirigentes do Fed, que reforçaram a expectativa de corte de juros nos Estados Unidos a partir de setembro. Isso acabou enfraquecendo o dólar frente e outras moedas. Apesar disso, ainda tem um tom de incerteza no radar, por conta das ameaças de Trump com novas tarifas, embora não tenha mencionado nada especificamente sobre o Brasil. No entanto, isso acaba também gerando aversão ao risco no mercado de forma geral. Por aqui, a ata do Copom que acabou reforçando um tom mais cauteloso do Banco Central, com a sinalização de que a Selic deve permanecer próxima dos 15% por mais tempo. Isso é mais um motivo para atrair um pouco de fluxo de capital especulativo para Brasil”.

Marcos Weight, head de tesouraria da Travelex Brasil, disse que o mercado “esteve de lado em meio ao grande ruído político [com a prisão domiciliar de Bolsonaro]. É bem provável que o Trump [Donald Trump] escale ainda mais [a crise com o Brasil”.

O Copom destacou que o ambiente externo está mais adverso e incerto em função da conjuntura e da política econômica nos Estados Unidos, principalmente acerca de suas políticas comercial e fiscal e de seus respectivos efeitos. “Consequentemente, o comportamento e a volatilidade de diferentes classes de ativos têm sido afetados, com reflexos nas condições financeiras globais. Tal cenário exige particular cautela por parte de países emergentes em ambiente marcado por tensão geopolítica”, informou a ata.

As taxas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DIs) fecharam majoritariamente em alta em meio ao dado mais fraco do PMI de julho e com uma ata do Copom mais dura.

Por volta das 16h40 (horário de Brasília), o DI para janeiro de 2026 tinha taxa de 14,910% de 14,910% no ajuste anterior; o DI para janeiro de 2027 projetava taxa de 14,155%, de 14,150%, o DI para janeiro de 2028 ia a 13,470%, de 13,445%, e o DI para janeiro de 2029 com taxa de 13,405% de 13,335% na mesma comparação.

No exterior, os principais índices do mercado de ações dos Estados Unidos fecharam o pregão em campo negativo, enquanto os investidores digeriam dados econômicos mais fracos do que o esperado e novos comentários sobre tarifas do ex-presidente Donald Trump, alimentando preocupações sobre o estado da economia norte-americana.

Confira abaixo a variação e a pontuação dos índices de ações dos Estados Unidos após o fechamento:

Dow Jones: -0,14%, 44.111,74 pontos
Nasdaq 100: -0,65%, 20.916,55 pontos
S&P 500: -0,49%, 6.299,20 pontos

 

Dylan Della Pasqua e Darlan de Azevedo / Safras News

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