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Bolsa fecha em alta sustentada por Petrobras com sinalização de Haddad sobre dividendos, dólar encerra a R$ 5,54

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São Paulo -A Bolsa fechou em alta, em um dia marcado por volatilidade, influenciada pelas ações da Petrobras com a sinalização do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que estuda antecipar o pagamento de dividendos para cumprir a meta fiscal. As questões envolvendo o IOF seguem no foco do investidor.

As ações da Petrobras (PETR3 e PETR4) avançaram 2,76% e 2,25%. Os bancos subiram em bloco. Embraer (EMBR3) subiu 4,28%, após publicar suas perspectivas de mercado com a projeção de demanda de 10.500 jatos e turboélices de até 150 assentos nos próximos 20 anos.

O principal índice da B3 subiu 0,48%, aos 137.799,74 pontos. O Ibovespa futuro com vencimento em junho registrou alta de 0,49%, aos 138.050 pontos. O giro era de R$ 18,5 bilhões. Em Nova York, os índices fecharam em alta.

Alexsandro Nishimura, economista e sócio da Nomos, disse que a Bolsa se recuperou e virou para o positivo “com a ajuda das ações da Petrobras, em reação à declaração de Fernando Haddad indicando a possibilidade de utilizar dividendos extraordinários das estatais para reforçar o caixa e viabilizar o cumprimento da meta fiscal. A fala deu algum alívio ao mercado, em meio ao noticiário conturbado sobre o IOF”.

Nishimura explicou que no início do pregão, o Ibovespa chegou a cair, mas se recuperou com uma alta “contida no patamar de 137,5 mil pontos, que vem exercendo um ponto de resistência técnica há algumas sessões. O principal driver foi a MP alternativa à alta do IOF, uma vez que a medida traz mudanças sobre a tributação de investimentos. O noticiário ao redor do tema, assim como declarações de autoridades, ajudou a trazer volatilidade ao mercado, já estressado com o tema diante da crescente incerteza no cenário fiscal doméstico”.

Marcos Praça, diretor de análise na Zero Markets Brasil, disse que o exterior e o fiscal mexem com a bolsa.

“O fiscal faz preço. A briga é forte para saber de onde vai tirar dinheiro para fechar as contas públicas. De um lado a gente tem um ministro [da Fazenda, Fernando Haddad] sendo criativo e procurando alternativas, e de outro um Congresso indignado [com o aumento dos impostos]. As questões externas com as taxações de Trump em que disse que pode elevar as tarifas para os automóveis e o acordo entre China e Estados Unidos sem detalhes também mexem com o mercado”.

Praça disse que os dados econômicos no Brasil estão apontando para uma queda nos juros. “Os dados no varejo em abril caíram, o que mostra uma atividade econômica mais fraca e menos inflação [com a desaceleração do IPCA]. Seria um momento para cortar juros e não subir [mercado está precificando aumento de 0,25pp na Selic semana que vem”.

O diretor de análise na Zero Markets Brasil chamou a atenção para o conflito entre Israel e Irã.

“Devemos ficar de olho porque pode fazer bastante preço nas próximas semanas. Apesar de os EUA dizerem que não vão entrar [na briga], eles têm interesse em enfraquecer o Irã porque alegaram que o país não está cooperando com acordos de avanço nuclear.

Bruno Komura, analista da Potenza Capital, disse que as falas de Hugo Motta ajudam a Bolsa, mas as incertezas com o fiscal continuam.

“O Hugo Motta falou que discutiu com lideranças partidárias e que vão pautar PDL [projeto de decreto legislativo] para sustar o efeito do IOF, o que acaba sendo positivo o Congresso barra até poque a gente está com carga tributária bastante alta. Esse aumento do IOF vai ser repassado quando tem transações financeiras, vai aumentar o custo do crédito e acaba funcionando como aperto monetário, como se estivesse aumento a Selic. A gente tem muito receio. A Petrobras sobe reagindo às falas do Haddad [Fernando Haddad, ministro da Fazenda] em que vai estudar o adiantamento do pagamento de dividendos. O mercado gosta”.

No mercado de câmbio, o dólar comercial fechou em alta de 0,07%, cotado a R$ 5,5425. A moeda refletiu, ao longo da quinta, o desdobramento das medidas fiscais que o governo tenta aprovar no Congresso. Concomitante a isso, as expectativas para a super quarta, com decisões de Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) e Comitê de Política Monetária (Copom) devem ganhar corpo nos próximos dias.

Segundo o sócio da Top Gain, Leonardo Santana, “existe expectativa pelo que realmente vai ser provado no Congresso. O mercado deve ficar de lado até a super quarta, na próxima semana”.

Para o economista-chefe do banco Bmg, Flávio Serrano, “o ambiente continua de incertezas, com o governo voltando atrás mais de uma vez. O mercado está novas informações para ver se o real continua sua trajetória de correção”.

Ao contrário do dólar, as taxas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DIs) fecharam em queda. Assim como nos últimos dias, as incertezas sobre o fiscal doméstico seguem no radar.

Por volta das 16h46 (horário de Brasília), o DI para janeiro de 2026 tinha taxa de 14,860% de 14,890% no ajuste anterior; o DI para janeiro de 2027 projetava taxa de 14,205%, de 14,235%, o DI para janeiro de 2028 ia a 13,635%, de 13,660%, e o DI para janeiro de 2029 com taxa de 13,555% de 13,570% na mesma comparação. O dólar subia 0,12%, cotado a R$ 5,5450 para venda.

No exterior, os principais índices do mercado de ações dos Estados Unidos fecharam o pregão em alta, impulsionados por uma forte valorização das ações da Oracle, que elevou as expectativas dos investidores e impulsionou o setor de tecnologia.

Confira abaixo a variação e a pontuação dos índices de ações dos Estados Unidos após o fechamento:

Dow Jones: +0,24%, 42.967,62 pontos
Nasdaq 100: +0,24%, 19.662,49 pontos
S&P 500: +0,38%, 6.045,26 pontos

 

Paulo Holland e Darlan de Azevedo / Safras News

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