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Bolsa fecha em alta puxada por Focus, commodities metálicas e exterior; dólar encerra a R$ 5,725

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São Paulo – A Bolsa fechou em alta, no patamar dos 130 mil pontos, acompanhando o exterior, refletindo um boletim Focus mais favorável com o arrefecimento da projeção para a inflação esse ano e a valorização das commodities metálicas.

Mais cedo, foi divulgado o relatório Focus que mostrou que a projeção para a inflação em 2025 caiu de 5,65% para 5,57%. A estimativa de alta do PIB subiu de 1,98% para 2,0%. A Vale (VALE3) avançava 1,77%. CSNA(CSNA3) avançava 1,95%.

O principal índice da B3 subiu 0,62%, aos 130.464,38 pontos. O Ibovespa futuro com vencimento em junho registrou alta de 0,72%, aos 133.880 pontos. O giro financeiro era de R$ 18 bilhões. Em Nova York, os índices fecharam no positivo.

Gustavo Cruz, estrategista-chefe da RB Investimentos, disse que a bolsa “está acompanhando lá fora, parece que até foi bom a gente ter ficado fechado ontem. O Focus também ajudou, depois de muito tempo vimos uma queda na expectativa de inflação desse ano, o que ajudou a derrubar os juros com prazos mais curtos”.

Ubirajara Silva, gestor de renda variável, disse que “o Brasil está seguindo as bolsas de países emergentes, apesar de estarmos melhores. O dólar está fraco no mundo e a gente surfa nessa onda. O [boletim] Focus e as commodities metálicas subindo ajudam o Ibovespa. Depois de muito tempo, foi a primeira vez que vemos um alívio nos dados de inflação. Silva explicou que apesar da queda de quase 3% em Nova York ontem, as bolsas de emergentes não caíram e, hoje, com a melhora nos EUA, as bolsas de países emergentes estão subindo”.

Outro ponto que Silva chamou a atenção foi para uma pesquisa de intenção de votos que mostrou o Tarcísio Freitas, atual governador de São Paulo, à frente do Lula em um possível segundo turno para presidente da República, “e isso pode ter ajudado. Temos de ficar de olho nas próximas pesquisas, pode ser que o governo Lula comece a apresentar uma pequena melhora na popularidade”.

Henrique Luiz Lenzi, operador de renda variável da Manchester Investimentos, disse a Bolsa avança com o relatório Focus e projeção mais positiva do FMI para Brasil.

“O Focus trouxe uma leitura mais favorável para Brasil com expectativa arrefecimento da inflação para este ano e, recentemente, o JP Morgan voltou a recomendar ações brasileiras. O Brasil se tranquiliza um pouco em meio a essa turbulência do exterior com as tarifas de Trump e a crítica ao banco central americano, principalmente ao Jerome Powell. As ações cíclicas também se valorizam com a queda dos DIs, construção civil que é muito volátil está desempenhando bem. Em relação aos balanços do primeiro trimestre de 2025, Lenzi disse que a visão de futuro vai fazer mais preço que o presente. Inclusive, no patamar de preço atual da Vale, a gente projeta um desempenho melhor que no último resultado e podemos ver valorização do ativo”.

No mercado de câmbio, o dólar comercial fechou em queda de 1,36%, cotado a R$ 5,7278. A moeda refletiu, ao longo da sessão, certa flexibilização da postura do presidente norte-americano, Donald Trump, na guerra comercial que tem os Estados Unidos como protagonistas.

Vanei Nagem, sócio da Pronto!Invest, disse que a queda do dólar reflete uma expectativa de que a situação se acomode.

“Aos poucos o Trump está cedendo, já se fala sobre negociação e acertos. Praticamente o único país que eles mantiveram taxas rígidas foi com a China. Tem muita falácia e pequenas atitudes. O dólar poderia estar entre R$ 5,45 e R$ 5,50, se não houvesse as tarifas do Trump. A tendência é de queda da moeda”.

Henrique Luiz Lenzi, operador de renda variável da Manchester Investimentos, disse que o dólar se desvaloriza frente a maioria das moedas de países emergentes.

“A queda da divisa reflete as falas do Trump em relação ao Fed, principalmente colocando em xeque a independência do Banco Central. Vimos isso aqui na gestão de Campos Neto”.

Assim como o dólar, as taxas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DIs) fecharam em queda. O movimento desta terça foi impactado pelo recuo do dólar e divulgação do Boletim Focus.

Por volta das 16h35 (horário de Brasília), o DI para janeiro de 2026 tinha taxa de 14,725% de 14,775% no ajuste anterior; o DI para janeiro de 2027 projetava taxa de 14,185%, de 14,235%, o DI para janeiro de 2028 ia a 13,950%, de 13,970%, e o DI para janeiro de 2029 com taxa de 14,060% de 14,060% na mesma comparação.

No exterior, os principais índices do mercado de ações dos Estados Unidos fecharam a sessão em alta, impulsionadas por expectativas de que as tensões comerciais entre Washington e Pequim possam diminuir em breve. Os investidores recuperaram parte das perdas acentuadas registradas na sessão anterior, em um dia marcado por declarações otimistas do secretário do Tesouro americano, Scott Bessent.

Confira abaixo a variação e a pontuação dos índices de ações dos Estados Unidos após o fechamento:

Dow Jones: +2,66%, 39,186.98 pontos
Nasdaq 100: +2,71%, 16,300.42 pontos
S&P 500: +2,51%, 5,287.76 pontos

 

Paulo Holland e Darlan de Azevedo / Agência Safras News

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