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Bolsa fecha em alta pelo 3º dia seguido puxada por juros, fluxo e commodities, dólar encerra a R$ 5,75

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São Paulo -A Bolsa fechou em alta pelo terceiro pregão seguido favorecida pelo fluxo estrangeiro, queda na curva de juros sob impacto do IPCA-15 e valorização das ações ligadas às commodities. Na máxima interdiária conseguiu se aproximar do patamar dos 134 mil pontos-aos 133.904,38 pontos.

A Vale (VALE3) subiu 0,79% e a Petrobras (PETR3 e PETR4) registrou ganho de 1,02% e 0,74%. As maiores altas se concentraram no setor de educação e frigoríficos. Na ponta negativa, o destaque foi para Marcopolo (POMO4) com queda 4,97%.

O principal índice da B3 subiu 0,47%, aos 133.148,75 pontos. O Ibovespa futuro com vencimento em abril registrou ganho de 0,50%, aos 133.860 pontos. O giro financeiro foi de R$ 20,5 bilhões. Em Nova York, os índices fecharam em queda.

Felipe Moura, analista de Finacap, afirma que a alta do Ibovespa reflete o deslocamento da bolsa brasileira da americana com a atração de fluxo estrangeiro e o investidor local de olho na eleição do ano que vem.

“A alta do Ibovespa que vem ocorrendo hoje e nos últimos meses é uma rotação de portfólio. Esse ano tivemos uma boa entrada de capital estrangeiro na nossa bolsa. O investidor está trocando de posição, saindo dos Estados Unidos para alocar em [países] emergentes, e o grande trigger é a política tarifária do Trump. Outro ponto é que poucos investidores locais estão alocados em bolsa em meio à especulação sobre a eleição [presidencial] do ano que vem, com grande probabilidade de vitória da oposição, possivelmente chapa de direita. Com esse cenário ainda incipiente das eleições, o local fica confiante em voltar para a bolsa”.

Bruno Komura, analista da Potenza Capital, afirma que “a queda na curva de juros ajuda o Ibovespa, mas tem um fluxo estrangeiro, que sai das bolsas americanas e vai para outros mercados. A preferência é para as ações europeias, mas os emergentes também se beneficiam. Como as ações da China estão indo muito bem e beneficia Brasil, que é uma [projeção] de China”.

Komura explica que os estrangeiros estavam bem posicionados em renda fixa brasileira, “aproveitando esse diferencial de juros, mas a gente vê migração de renda fixa pra bolsa e também fluxo direto para bolsa”.

Em relação ao IPCA-15, Matheus Spiess, analista da Empiricus Research, comenta que o dado veio levemente abaixo do esperado, mas a inflação ainda é preocupante.

“O dado é mais fraco que o resultado de fevereiro por conta de um rebote do bônus de Itaipu. Mas em 12 meses acelera e vai continuar acelerando nos próximos meses até metade do ano. A inflação não está resolvida, por isso atemos o aperto monetário. Mas o fato de ter vindo abaixo do esperado ajuda a tirar o prêmio na curva de juros. Estamos encerrando um mês bom para ativos brasileiros embarcado pela rotação setorial, posição técnica favorável com valuations atrativos e possibilidade de fim de ciclo de aperto monetário”.

O Indice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) de março subiu 0,64% e a estimativa era +0,68%. Em 12 meses até março, os preços avançaram 5,6% contra projeção de 5,30%.

No mercado de câmbio, o dólar comercial fechou em alta de 0,43%, cotado a R$ 5,7577. A moeda refletiu, ao longo da sessão, as incertezas e ruídos que envolvem a política tarifária norte-americana.

Para a economista-chefe do Ouribank, Cristiane Quartaroli, as declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, geram muitas incertezas no mercado, especialmente no curto prazo.

Bruno Komura, analista da Potenza Capital, afirma as tarifas de Trump geram muitas dúvidas no mercado e os investidores não querem se posicionar.

“Enquanto o mercado aguarda as tarifas de Trump, como a de automóveis, que entram em vigor no dia 2 de abril, o mercado fica de lado, sem um direcional. Vamos ver se até lá vai ter algum tipo de retaliação. O mercado está receoso”.

Komura explica que a moeda brasileira tinha se beneficiado bastante em razão do fluxo estrangeiro “porque o mercado brasileiro estava barato. A tendência é que isso continue no curto prazo, mas alguns dias podemos ver interrupção, como hoje”.

Em movimento contrário ao dólar, as taxas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DIs) fecharam em queda. Isso tem relação direta com o IPCA-15, divulgado no começo da sessão.

Por volta das 16h34 (horário de Brasília), o DI para janeiro de 2026 tinha taxa de 15,075% de 15,165% no ajuste anterior; o DI para janeiro de 2027 projetava taxa de 15,010%, de 15,145%, o DI para janeiro de 2028 ia a 14,855%, de 14,950%, e o DI para janeiro de 2029 com taxa de 14,860% de 14,900% na mesma comparação.

No exterior, os principais índices do mercado de ações dos Estados Unidos fecharam o pregão em queda, enquanto os investidores avaliavam as últimas notícias sobre tarifas do presidente Donald Trump, incluindo suas novas tarifas direcionadas a montadoras estrangeiras.

Confira abaixo a variação e a pontuação dos índices de ações dos Estados Unidos após o fechamento:

Dow Jones: -0,37%, 42.299,70 pontos
Nasdaq 100: -0,53%, 17.804,53 pontos
S&P 500: -0,33%, 5.693,31 pontos

 

Paulo Holland e Darlan de Azevedo / Agência Safras News

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