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Bolsa fecha em alta, na máxima do ano, puxada por bancos, commodities metálicas, exterior e falas de Guillen; dólar cai

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São Paulo -A Bolsa fechou em alta expressiva, na máxima do ano, puxada por bancos, commodities metálicas e queda na curva de juros futuros em meio às falas do diretor de Política Econômica do Banco Central, Diogo Guillen, e exterior.

A Vale (VALE3) avançou 1,56% à espera do resultado do 1T25 após o fechamento do mercado. CSN (CSNA3) registrou alta de 2,51%. Cíclicas e bancos subiram em bloco, à exceção de Banco do Brasil (BBAS3) que caiu 1,21%. A Petrobras (PETR3 e PETR4) perdeu 0,73% e 0,45%.

O principal índice da B3 subiu 1,78%, aos 134.580,43 pontos. O Ibovespa futuro com vencimento em junho registrou ganho de 1,51%, aos 137.060 pontos. O giro financeiro foi de R$ 26,7 bilhões. Em Nova York, os índices fecharam em alta.

Felipe SantAnna, especialista em mercado financeiro, disse que “existe um fluxo bem positivo de dinheiro entrando nas nossas ações hoje, em todos os setores. O Trump falou mais cedo e adotou um tom mais tranquilo, sem elevar a tensão da guerra comercial e sinalizando avanços no acordo de paz da Rússia e com a China (China não confirma)”.

Bruno Komura, disse que a queda dos DIs em razão das falas de Guillen sobre inflação [um crescimento moderado contribui para levar a inflação à meta]”ajudam muito a bolsa, além dos fatores externos [em Nova York, as bolsas subiram]”.

André Galhardo, consultor econômico da plataforma de transferência internacional, cartão e conta global Remessa Online, explicou sobre aas falas de Guillen e a posição do Banco Central.

“Embora existam sinais de desaceleração da atividade econômica brasileira, não dá para dizer que essa desaceleração é o início de um ciclo longo de queda da atividade econômica. De modo geral essas dúvidas do BC em relação ao ritmo de atividade econômica mostradas nas falas do Guillen e do Galípolo [recentemente], de que a inflação está muito em cima da meta e disseminada, externa a preocupação com o comportamento da inflação e o ritmo de atividade. As declarações reforçam a hipótese de que a taxa de juros continuará subindo em maio e provavelmente em junho”.

Ubirajara Silva, gestor de renda variável, disse que falas de Guillen, alta dos bancos e varejo puxam a bolsa. Silva explicou que “a bolsa estava mais fraca e começou avançar no final da manhã, pode ser que o mercado interpretou que o envolvimento do irmão do irmão do Lula no esquema do INSS possa pesar na popularidade dele. Hoje, o presidente disse que é candidatíssimo para 2026”

Ricardo Leite, head de renda variável da Diagrama Investimentos, disse que “falas de membros do Fed sinalizando que o impacto das tarifas deve começar a ser sentido nos números do segundo semestre, levando a uma desaceleração de a economia, principalmente a americana, o que vai contribuir para a redução de juros por lá antes dos vencimentos da dívida americana. Isso pode ajudar o Banco Central aqui a não subir mais juros. Somado a isso a nossa bolsa está barata com ações atrativas para o gringo. Bancos, commodities metálicas e as cíclicas ajudam a puxar o índice. O petróleo sobe e isso deveria ajudar petroleiras, mas com possível desaceleração da economia global está pesando em Petrobras”.

O dólar comercial fechou a R$ 5,6927 para venda, com desvalorização de 0,42%. Às 17h05, o dólar futuro para maio tinha baixa de 0,39% a R$ 5.687,500. O Dollar Index, que mede o desempenho da moeda americana frente a uma cesta de unidades, recuava 0,52% a 99,31 pontos.

A moeda recuou por conta do maior fluxo de estrangeiros com perda de credibilidade dos Estados Unidos.

Ubirajara Silva, gestor de renda variável, disse que a queda do dólar mostra o fluxo de estrangeiros saindo dos Estados Unidos para outros países. “É um pouco de perda de credibilidade dos Estados Unidos diante da guerra tarifária e as falas recentes sobre o banco central americano”.

Leonardo Santana, analista da Top Gain, disse que migração de capital puxou o dólar para baixo. “O dia iniciou com o dólar fraco por conta da quebra de credibilidade da moeda norte americana diante de falas de Trump, que não sabe ao certo o que quer”, disse Santana. “Com isso, tem saída de capital dos EUA para outros países, e uma parte vem para os emergentes, como o Brasil”, completa.

A China negou a realização de negociações comerciais com os Estados Unidos e reforçou seu apelo para que Washington cancele todas as tarifas unilaterais, em meio a sinais de que o governo de Donald Trump pode reduzir os impostos sobre produtos chineses. O porta-voz do Ministério do Comércio, He Yadong, afirmou que os EUA devem eliminar as medidas protecionistas “se realmente desejam” resolver o conflito comercial.

Fontes indicam que a administração Trump estuda reduzir as tarifas sobre importações chinesas dos atuais 145% para algo entre 50% e 65%, dependendo de negociações com Pequim. Enquanto isso, o governo chinês reforçou seu discurso, pedindo que os EUA ouçam as “vozes racionais” da comunidade internacional e de setores domésticos. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Guo Jiakun, negou veementemente qualquer acordo ou consulta sobre tarifas, classificando rumores nesse sentido como “notícias falsas”.

No lado doméstico, o dia foi de atenção a falas de diretores do Banco Central. O diretor de Política Monetária do Banco Central, Diogo Guillen, disse que o momento é cautela e flexibilidade diante do atual cenário de elevadas incertezas internacionais e domésticas em meio à guerra tarifária global.

“Os riscos aumentaram em ambos os lados do cenário externo”, disse Guillen em evento com investidores em Washington, nos Estados Unidos. Em períodos assim, a recomendação da teoria e da prática é agir com gradualismo, ser transparente e evitar movimentos bruscos, completou.

O diretor de Assuntos Internacionais do Banco Central, Paulo Picchetti, pontuou nesta tarde que a inflação no Brasil está alta e persistente, e que essa situação aparece em todas as medidas de núcleo, com números acima do teto da meta de inflação.

“Isso é uma grande preocupação e temos comunicado isso em nossas atas e decisões”, disse o diretor durante evento em Washington, nos Estados Unidos. Sobre as expectativas do mercado, Picchetti mostrou os dados da Focus, apontando que o intervalo das distribuições de expectativas de IPCA está crescendo. Segundo ele, porém, o atual cenário de incertezas global impedem que o BC ofereça um guidance.

As taxas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DIs) fecharam em queda expressiva reagindo às falas do diretor de Política Econômica, Diogo Guillen, em evento nos Estados Unidos.

Por volta das 16h16 (horário de Brasília), o DI para janeiro de 2026 tinha taxa de 14,570% de 14,665% no ajuste anterior; o DI para janeiro de 2027 projetava taxa de 13,805%, de 14,015%, o DI para janeiro de 2028 ia a 13,455%, de 13,735%, e o DI para janeiro de 2029 com taxa de 13,550% de 14,885% na mesma comparação.

Os principais índices do mercado de ações dos Estados Unidos fecharam a sessão em alta, graças aos fortes ganhos de grandes empresas de tecnologia, enquanto os investidores continuavam em busca de sinais de progresso nas negociações comerciais globais.

Confira abaixo a variação e a pontuação dos índices de ações dos Estados Unidos após o fechamento:

Dow Jones: +1,07%, 39,606.57 pontos
Nasdaq 100: +2,50%, 16,708.05 pontos
S&P 500: +1,67%, 5,375.86 pontos

 

Dylan Della Pasqua e Darlan de Azevedo / Safras News

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