São Paulo -A Bolsa terminou o pregão desta sexta-feira em leve alta, mas atingiu novo topo histórico de fechamento e no interdiário-146.398,76 pontos, com a ajuda do exterior, setor financeiro, ações de utilities (utilidade pública) e commodities metálicas. Mas, a queda da Petrobras (PETR3 e PETR4) e do Banco do Brasil (BBAS3), papéis com peso no índice, limitou ganhos. Na semana, o Ibovespa valorizou 3,22%.
As ações do Itaú (ITUB4) subiram 1,32% e as do Bradesco (BBDC3 e BBDC4) avançaram 1,68% e 1,72%, BTG (BPAC11) registrou ganho de 1,58%, em contrapartida Banco do Brasil (BBAS3) caiu 1,85%. Na ponta positiva, Eletrobras (ELET3) liderou os ganhos com alta de 3,16% e Sabesp + 1,62%. Já Petrobras (PETR3 e PETR4) foi penalizada com a queda do petróleo, caiu 1,46% e 1,11%. Vale (VALE3) subiu 0,39%. CSN (CSNA3) registrou ganho de 1,26%.
O principal índice da B3 subiu 0,25%, aos 145.865,11 pontos. Às 17h14 (horário de Brasília), o Ibovespa futuro com vencimento em outubro caía 0,07%, aos 146.950 pontos. O giro financeiro foi de R$ 28,2 bilhões. Em Nova York, as bolsas fecharam em alta.
Para Leonardo Santana, especialista em investimentos e sócio da casa de análise Top Gain, a bolsa está alinhada ao exterior.
“A bolsa ainda segue firme impulsionada principalmente pelo setor de commodities metálicas. A sequência de altas está ligada a uma migração de capital vindo dos Estados Unidos tanto pelo diferencial de juros quanto pelo corte de juros, deixando os investimentos por lá menos atrativo. O gringo também aproveita que a nossa bolsa está descontada. Para as próximas semanas, podemos esperar uma lateralização com o mercado aguardando o PIB trimestral dos Estados Unidos e o PCE [inflação].
Régis Chinchila, analista de research da Terra Investimentos, disse que o Ibovespa tem um comportamento instável, oscilando bastante, embora tenha atingido nova máxima histórica. O movimento acompanha os índices de Nova York, que operam em leve alta. Por aqui, utilities [prestadoras de serviço] e bancos lideram as altas. O pregão é marcado pelo vencimento de opções sobre ações, aumentando a volatilidade. BRF [ON, -2,16%] e Marfrig (ON, -4,97%] operam ex-dividendo, enquanto BB Seguridade [ON, +0,42%] sobe após ser elevada para equal-weight pelo Morgan Stanley. Petrobras e Cosan pressionam o índice para baixo refletindo baixa do petróleo mesmo diante de preocupações com oferta russa.
No mercado de câmbio, o dólar comercial fechou em alta de 0,02%, cotado a R$ 5,3204. A sessão foi marcada pela agenda esvaziada – tanto aqui quanto lá fora -, assim como a ausência de drivers relevantes. Na semana, a moeda teve desvalorização de 0,62%.
Segundo o analista da Potenza Capital Bruno Komura, o mercado espera notícias da reunião entre o presidente da China, Xi Kinping, e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e que um hipotético acordo entre as potências animaria o mercado como um todo, além de favorecer a moeda brasileira: “Mesmo assim, no curto prazo o real deve ganhar força”, avalia.
Para o sócio da Ethimos Investimentos Lucas Brigato, o movimento hoje é de realização: “Tem pouca movimentação, pouco volume. O fluxo é forte. O dólar tem tudo para cair mais”, diz.
As taxas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DIs) fecharam majoritariamente em alta. Isso reflete a política restritiva do Banco Central.
Por volta das 16h28 (horário de Brasília), o DI para janeiro de 2026 tinha taxa de 14,890% de 14,890% no ajuste anterior; o DI para janeiro de 2027 projetava taxa de 13,985%, de 13,995%, o DI para janeiro de 2028 ia a 13,255%, de 13,235%, e o DI para janeiro de 2029 com taxa de 13,140% de 13,105% na mesma comparação.
No exterior, os principais índices do mercado de ações dos Estados Unidos fecharam o pregão em campo positivo, após a decisão do Federal Reserve de cortar os juros consolidar o otimismo dos investidores.
Confira abaixo a variação e a pontuação dos índices de ações dos Estados Unidos após o fechamento:
Dow Jones: +0,37%, 46.315,27 pontos
Nasdaq 100: +0,72%, 22.631,48 pontos
S&P 500: +0,48%, 6.664,36 pontos

