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Bolsa fecha em alta de 0,04% em clima de cautela, à espera do IPCA-15; dólar recua

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São Paulo -A Bolsa fechou em alta de 0,04%, estável, oscilou entre a mínima de 137.970,63 pontos e a máxima de 138.890,17 pontos com os investidores adotando tom de cautela em dia de giro financeiro baixo e ficam à espera do Indice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) amanhã (26), para confirmar a queda da inflação, após um boletim Focus projetando desaceleração dos preços.

No Boletim Focus, divulgado mais cedo, a previsão para a inflação em 2025 caiu para 4,86%, de 4,95% e, em 2026, para 4,33%, de 4,40%. E para 2027, foi a primeira vez que a expectativa para a inflação ficou abaixo dos 4%- 3,97%.

Na ponta positiva, o destaque ficou para o Pão de Açúcar (PCAR3), que subiu 8,97% depois de a família Coelho Diniz ter feito um pedido para convocação de uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE). Na ponta negativa, o Banco do Brasil (BBAS3), caiu 2,19% por ser a instituição em que os ministros do STF recebem salários, e tem sofrido com a Lei Magnitsky, disse Alison Correia, analista de investimentos e co-fundador da Dom Investimentos.

O setor de mineração e siderurgia subiu com o minério de ferro. CSN (CSNA3) e CSN Mineração (CMIN3) registraram ganho de 1,11% e 1,41%. Gerdau (GGBR4) avançou 1,95% e Vale (VALE3) fechou em alta mais tímida de 0,23%. PetroRecôncavo (RECV3) teve alta de 2,58%.

O principal índice da B3 subiu 0,04%, aos 138.025,17 pontos. Às 17h14 (horário de Brasília), o Ibovespa futuro com vencimento em outubro caía 0,08% aos 140.620 pontos. O giro financeiro foi de R$ 14,8 bilhões. Em Nova York, os índices fecharam em queda.

Rodrigo Moliterno, head de renda variável da Veedha Investimentos, disse que o mercado está cauteloso aguardando dados econômicos em dia de volume baixo.

“O mercado segue em um clima de cautela, após a euforia de sexta-feira (22), aguardando mais números ao longo da semana, como o IPCA-15 amanhã (26), para ver se confirma o boletim Focus [de hoje] que vem mostrando desaceleração da nossa inflação. O volume projetado para o pregão de hoje para a bolsa está em torno R$ 15 bilhões, o que é bastante baixo. O setor financeiro, que foi o grande destaque de sexta, opera de lado com tendência de queda. Alta do petróleo favorece as petroleiras, e o minério impulsiona o setor de siderurgia e mineração. Lá fora, tem resultado de Nvdia e PCE e PIB americano ao longo da semana”.

Mas, Moliterno frisou que “o mercado ainda segue o otimismo de sexta com início de corte de juros nos EUA e um possível corte aqui com expectativa da queda de inflação até fim do ano”.

Mais cedo, Ubirajara Silva, gestor de renda variável, disse que o cenário mais calmo entre Brasil x EUA e o presidente do Fed, Jerome Powell, adotando discurso dovish no simpósio de Jackson Hole, na sexta-feira (22), acabam trazendo fluxo adicional para emergentes e a bolsa se sustenta nisso.

“O principal motivo para a alta bolsa ainda é Jackson Hole, com o fato de o Fed ter sinalizado afrouxamento monetário. As expectativas de corte subiram para mais de 90% e isso fez com que o mercado olhasse para Brasil em uma antecipação de corte da Selic, o que é positivo para Bolsa. O mercado trabalhava com redução dos juros aqui a partir do primeiro ou segundo semestre do ano que vem. A bolsa vinha muito atrasada frente ao dólar e juros. Outro ponto é a calmaria na relação Brasil e EUA, e alguns papéis dos bancos subindo e commodities em alta também ajudam”.

No mercado de câmbio, o dólar comercial fechou em queda de 0,21%, cotado a R$ 5,4138. A moeda refletiu, ao longo da sessão, a expectativa de que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) inicie o corte dos juros em setembro, o que pressionaria o Comitê de Política Monetária (Copom) a cortar a Selic (taxa básica de juros).

De acordo com o analista da Potenza Capital Bruno Komura, “o movimento aqui está diferente do que vemos lá fora. Tem um apetite muito grande dos investidores, locais e estrangeiros, pelo Brasil”.

Komura observa que a atividade econômica deve chegar ao próximo zero no semestre corrente, o que abre portas para que a Selic terminal tenha potencial para ficar abaixo dos 12%.

Para o economista-chefe do Banco Bmg, Flávio Serrano, o movimento de hoje reflete a expectativa por dois cortes na taxa básica de juros até o final do ano.

Serrano acredita que este ciclo dovish do Fed, que deve iniciar em setembro, já faz com que o mercado já considere o início dos cortes da Selic para dezembro, embora o consenso ainda seja janeiro.

Assim como o dólar, as taxas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DIs) fecharam em queda. A sessão foi marcada pela expectativa de que os cortes na taxa básica de juros dos Estados Unidos, previstos para começar em setembro, impliquem no início do ciclo dovish na Selic (taxa básica de juros) ainda em 2025.

Por volta das 16h35 (horário de Brasília), o DI para janeiro de 2026 tinha taxa de 14,885% de 14,895% no ajuste anterior; o DI para janeiro de 2027 projetava taxa de 13,925%, de 13,955%, o DI para janeiro de 2028 ia a 13,235%, de 13,295%, e o DI para janeiro de 2029 com taxa de 13,210% de 13,280% na mesma comparação.

No exterior, os principais índices do mercado de ações dos Estados Unidos fecharam o pregão em queda, com investidores aguardando os resultados da Nvidia no fim da semana.

Confira abaixo a variação e a pontuação dos índices de ações dos Estados Unidos após o fechamento:

Dow Jones: -0,77%, 45.282,47 pontos
Nasdaq 100: -0,22%, 21.449,29 pontos
S&P 500: -0,43%, 6.439,32 pontos

 

Paulo Holland e Darlan de Azevedo / Agência Safras News

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