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Bolsa fecha em alta com IPCA-15, Vale, arrecadação federal, apesar de temores fiscais; dólar cai

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São Paulo -A Bolsa fechou em alta puxada pelo arrefecimento do Indice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) de junho, prévia da inflação, dados positivos de arrecadação federal em um dia de apetite ao risco global, após a trégua entre Israel e Irã.

As commodities também ajudaram, principalmente a Vale (VALE3), e as cíclicas com a queda na curva de juros. Apesar do bom humor na sessão de hoje, os riscos fiscais seguem preocupantes.

As ações da Vale (VALE3) subiram 3,14% e as da Petrobras (PETR4) avançaram 0,80%.

Mais cedo, foi divulgado o IPCA-15 de junho, que variou 0,26% em junho contra a previsão do Termômetro Safras que estimava + 0,30%. O acumulado em 12 meses foi de 5,27% e a previsão era de 5,31%. Em junho de 2024, o IPCA-15 avançou 0,39%. O acumulado no ano ficou em 3,06%. Os dados foram divulgados pelo IBGE.

O principal índice a B3 subiu 0,99%, aos 137.113,89 pontos. O Ibovespa futuro com vencimento em agosto registava ganho de 0,91%, aos 139.440 pontos. O giro financeiro foi de R$ 21,8 bilhões. Em Nova York, os índices fecharam no positivo.

Alexandro Nishimura, economista e diretor da Nomos, disse uma combinação de fatores internos e externos ajudaram no tom mais positivo do mercado.

“O IPCA-15 de junho surpreendeu positivamente, com desaceleração nos serviços subjacentes e nos núcleos, além de queda na difusão. Essa leitura reforçou a percepção de uma desaceleração da inflação no curto prazo, ainda que ela permaneça acima da meta por um período prolongado. Outro motivo foi a arrecadação federal [atingiu R$ 230,152 bilhões em maio. No período acumulado de janeiro a maio de 2025, a arrecadação alcançou o valor de R$ 1,191 trilhões] que superou as expectativas e ajudou a reduzir, momentaneamente, a tensão em torno do cenário fiscal. No entanto, os temores fiscais seguiram elevados após o Congresso derrubar o decreto do governo que aumentava o IOF. A decisão também expôs o desgaste da articulação política do Planalto, levantando dúvidas sobre a força do governo nas eleições do próximo ano”.

Para Régis Chinchila, analista da Terra Investimentos, fatores internos e exterior refletem na Bolsa.

“O Ibovespa opera em alta puxado pela alta das ações da Vale, acompanhando o minério na China, e da Petrobras devido à com a valorização do petróleo e o leilão do pré-sal. Além disso, o IPCA-15 abaixo do esperado -0,26% em junho contra estimativa de 0,30%- também animou os investidores. No entanto, a derrubada do aumento do IOF pelo Congresso levantou dúvidas sobre o compromisso fiscal do governo, adicionando incertezas. Quanto ao cenário internacional, o otimismo com a tecnologia e uma possível antecipação da escolha do novo presidente do Federal Reserve [Fed, banco central americano] por Donald Trump melhoraram o humor dos mercados, refletindo também na bolsa brasileira”.

Chinchila disse que o destaque negativo ficou para a Localiza (RENT3), que caiu 7,27% “devido à expectativa de redução do IPI, o que pode prejudicar o mercado de seminovos”.

Na ponta positiva, o setor de construção civil foi beneficiado pela queda dos juros futuros e expectativa positiva com o Minha Casa Minha Vida, explica o analista. As ações de MRV (MRVE3) subiram 3,62% e Cyrela (CYRE3) avançaram 2,74%.

No mercado de câmbio, o dólar comercial fechou em queda de 1,07%, cotado a R$ 5,4976. A sessão foi marcada pelo intenso fluxo estrangeiro, e otimismo com o cessar-fogo entre Israel e Irã, isso também resultado do intenso fluxo estrangero.

Para o analista da Potenza Capital Bruno Komura, “o mercado brasileiro segue atrativo, chamando bastante fluxo. O cessar-fogo também está atraindo investidores”.

Komura explica que o revés do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) é negativo para o governo, mas não chega a pressionar juros e câmbio.

Nicolas Borsoi, economista-chefe da Nova Futura Investimentos, disse que a queda do dólar ligada à melhora externa.

“É uma combinação de números melhores dos Estados Unidos em maio, com a descompressão dos riscos geopolíticos [cessar-fogo entre Irão e Israel]. Mas o mercado está olhando para o PIB [do 1T25] que veio bem negativo [caiu 0,5%]”.

Assim como o dólar, as taxas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DIs) fecharam em queda. O movimento refletiu o IPCA-15 de junho (0,26% ante projeções de 0,36%) e o enfraquecimento do dólar.

Por volta das 16h42 (horário de Brasília), o DI para janeiro de 2026 tinha taxa de 14,935% de 14,940% no ajuste anterior; o DI para janeiro de 2027 projetava taxa de 14,175%, de 14,230%, o DI para janeiro de 2028 ia a 13,430%, de 13,530%, e o DI para janeiro de 2029 com taxa de 13,310% de 13,410% na mesma comparação. O dólar caía 1,04%, cotado a R$ 5,4991 para venda.

No exterior, os principais índices do mercado de ações dos Estados Unidos fecharam o pregão em alta, com o S&P se aproximando de seu recorde, à medida que o índice de referência superou uma série de preocupações, incluindo guerras tarifárias, conflitos e inflação persistente.

Confira abaixo a variação e a pontuação dos índices de ações dos Estados Unidos após o fechamento:

Dow Jones: +0,94%, 43.386,84 pontos
Nasdaq 100: +0,97%, 20.167,91 pontos
S&P 500: +0,80%, 6.141,02 pontos

 

Paulo Holland e Darlan de Azevedo

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