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Bolsa fecha em alta com alívio na inflação, queda dos DIs e otimismo global; dólar cai

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São Paulo -A Bolsa fechou em alta, chegou a renovar máxima no interdiário-140.381,93 pontos-, puxada pelo alívio inflacionário com o Indice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) de maio abaixo do esperado, recuo na curva de juros e um ambiente externo mais favorável, na volta do feriado nos Estados Unidos. As ações sensíveis a juros foram beneficiadas com a fechamento dos DIs.

Mais cedo, o IBGE divulgou o Indice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) em maio, que subiu 0,36%, ante expectativa de 0,44% conforme o Termômetro Safras. O acumulado em 12 meses ficou em 5,40% e a estimativa era de +5,49%.

O Indice Small Caps avançou 2,21%. Magazine Luiza (MGLU3) subiu 3,31%, MRV (MRVE3) registrou ganho de 4,07%.

Na ponta negativa, CSN Mineração (CMin3) liderou as perdas em 5,79% refletindo o rebaixamento das ações para “venda”, pelo Morgan Stanley. Os papéis da Suzano (SUZB3) caíram 2,74% impactados pela queda do dólar, já que a companhia tem parte da receita atrelada à exportação.

O principal índice da B3 avançou 1,01%, aos 139.541,23 pontos. O Ibovespa futuro com vencimento em junho subiu 0,93%, aos 140.715 pontos. O giro financeiro foi de R$ 22,8 bilhões. Em Nova York, os índices fecharam no positivo.

Thiago Pedroso, responsável pela área de renda variável da Criteria, disse que a combinação do IPCA-15 abaixo do esperado, queda na curva de juros e o exterior positivo puxam a bolsa para cima.

“A leitura do IPCA-15 trouxe alívio para a curva de juros, com os DIs recuando ao longo de toda a estrutura, o que ajuda as ações sensíveis a juros. O movimento é puxado especialmente pelos núcleos de inflação mais comportados e pela visão de que a alta do IOF sobre o crédito também deve contribuir para desacelerar a economia, reduzindo a pressão sobre o Banco Central. No exterior, o tom também é favorável após mercados ficarem fechados ontem por conta do feriado (memorial Day) e refletindo a notícia do final de semana de que Trump vai adiar um provável aumento das tarifas contra produtos europeus para julho. Somado a isso, o dado de confiança ao consumidor americano referente a maio -veio em 98pts-, acima das expectativas e no melhor número desde novembro/2024, mostrando que talvez o consumo possa estar se recuperando mais rápido que o esperado, e os títulos do Tesouro dos EUA recuam, tudo isso ajuda o movimento de alta em escala global”.

Gustavo Cruz, estrategista da RB Investimentos, disse que fim do ciclo de alta e externo mais positivo ajudam o Ibovespa.

“Na bolsa a gente tem visto uma sensação de que o Banco Central chegou ao fim do ciclo [hoje a inflação reforçou isso]. Com isso, é natural que aumenta a exposição de muitos gestores institucional em bolsa tentando antecipar movimento de pessoa física. Se ficar claro que acabou [a alta de juros], deve fazer uma migração um pouco maior para bolsa.

Em relação ao fiscal, Cruz disse que hoje foi deixado “de lado”. “Eles voltando atrás [com o IOF] parcialmente já foi bem recebido, ainda mais com a interpretação [do mercado] que o Copom a parar de subir juros, ajuda a bolsa”.

No mercado, o dólar comercial fechou em queda de 0,52%, cotado a R$ 5,6457. A moeda refletiu, ao longo da sessão, a alta de 0,36% no IPCA-15 de maio, abaixo das estimativas (0,44%).

De acordo com o economista-chefe da Nova Futura Investimentos, Nicolas Borsoi, “o IPCA-15 veio bem abaixo do esperado. Estamos entrando em um momento onde a inflação começa a dar uma desacelerada, fortalecendo a visão de que o Banco Central finalizou o ciclo de alta dos juros. O mercado já precifica um ciclo de cortes significativos para o ano que vem”.

Borsoi observa que o episódio do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) deixa “o investidor com uma pulga atrás da orelha. Joga contra a percepção que nós somos um paraíso. Isso explica porque o dólar não está na casa dos R$ 5,50. O movimento é de desconfiança e cautela”.

Para o analista da Potenza Capital Bruno Komura, “os fatores externos contam muito, mas os sinais de que a inflação está arrefecendo geram expectativas melhores e mais segurança para o investidor estrangeiro

Assim como o dólar, as taxas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DIs) fecharam em queda, refletindo o IPCA-15 de maio, divulgado no começo da sessão.

Por volta das 16h39 (horário de Brasília), o DI para janeiro de 2026 tinha taxa de 14,695% de 14,710% no ajuste anterior; o DI para janeiro de 2027 projetava taxa de 13,860%, de 13,950%, o DI para janeiro de 2028 ia a 13,375%, de 13,510%, e o DI para janeiro de 2029 com taxa de 13,400% de 13,565% na mesma comparação.

Os principais índices do mercado de ações dos Estados Unidos fecharam o pregão desta terça-feira em alta, refletindo o alívio dos investidores com o adiamento de tarifas comerciais pelo governo norte-americano, o bom desempenho de ações de tecnologia e dados acima do esperado sobre a confiança do consumidor.

Confira abaixo a variação e a pontuação dos índices de ações dos Estados Unidos após o fechamento:

Dow Jones: +1,78%, 42.343,65 pontos
Nasdaq 100: +2,47%, 19.199,16 pontos
S&P 500: +2,04%, 5.921,54 pontos

 

Paulo Holland e Larissa Bernardes / Agência Safras News

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