São Paulo, 31 de julho de 2024 – O Banco do Japão (BoJ) subiu em 0,25% sua taxa de juros, em decisão publicada na madrugada desta quarta-feira. A decisão foi de 7 votos a favor o aumento e 2 contrários. Segundo o comunicado divulgado logo após a decisão, um dos motivos para a subida nos juros foi o aumento do consumo privado.
“No setor doméstico, o consumo privado tem se mostrado resiliente apesar do impacto dos aumentos de preços e outros fatores. No que diz respeito aos salários, além das grandes empresas que conseguiram aumentos salariais significativamente maiores nas negociações anuais de primavera deste ano em comparação com o ano anterior, esses aumentos também têm se espalhado por regiões, indústrias e tamanhos de empresas”, diz um trecho do documento.
O BoJ também afirma que os preços dos serviços continuaram a subir moderadamente, com um fortalecimento das iniciativas para refletir os aumentos salariais nos preços de venda. As expectativas de inflação das empresas e das famílias aumentaram moderadamente.
“Quanto à condução futura da política monetária, embora ela dependa da evolução da atividade econômica e dos preços, bem como das condições financeiras daqui para frente, dado que as taxas de juros reais estão em níveis significativamente baixos, se a perspectiva para a atividade econômica e os preços apresentada no Relatório de Perspectivas de Julho se concretizar, o Banco continuará a elevar a taxa de juros de política e ajustar o grau de acomodação monetária conforme necessário”
“Acreditamos que os dados recentes têm sido suficientemente bons para dar ao Banco do Japão a confiança de que a economia está em um ciclo virtuoso de crescimento salarial, consumo e inflação, apesar das crescentes preocupações com o crescimento fraco”, diz Min Joo Kang, economista sênior para o Japão e Coreia do Sul da ING.
“A decisão do Banco do Japão de hoje de apertar a política monetária mais do que o previsto nos mercados foi acompanhada por um iene mais forte, rendimentos de títulos mais altos e uma alta no mercado de ações. No entanto, não acreditamos que esses movimentos definam o tom para o próximo ano”, diz Shivaan Tandon, economista de mercados da Capital Economics.
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Vanessa Zampronho / Safras News
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