BoJ mantém taxa de juros inalterada em 0%

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São Paulo, 14 de junho de 2024 – O Banco do Japão (BoJ) manteve sua taxa de juros inalterada em 0%, em decisão unânime que foi divulgada hoje mais cedo. Segundo o comunicado que é publicado logo após a decisão, a economia japonesa está se recuperando de forma modesta, mas ainda há alguns pontos de fraqueza.

“As economias estrangeiras cresceram moderadamente como um todo. As exportações têm se mantido mais ou menos estáveis. A produção industrial tem se mantido mais ou menos estável como uma tendência, mas foi recentemente pressionada pela suspensão de produção e embarque em algumas montadoras”, diz um trecho da decisão.

Por um lado, o consumo privado tem sido resiliente, e pro outro, o investimento em habitação tem sido relativamente fraco. Segundo o BoJ, a economia do Japão deve continuar crescendo em um ritmo superior à sua taxa de crescimento potencial, com as economias estrangeiras continuando a crescer moderadamente e com um ciclo virtuoso de renda para consumo se intensificando gradualmente em segundo plano, devido a fatores como condições financeiras acomodativas.

“No que diz respeito aos riscos para a perspectiva, permanecem altas incertezas em torno da atividade econômica e dos preços no Japão. Nessas circunstâncias, é necessário prestar devida atenção aos desenvolvimentos nos mercados financeiros e de câmbio e seu impacto na atividade econômica e nos preços no Japão”, encerra o comunicado.

Embora a decisão pela manutenção dos juros já fosse esperada, havia alguma expectativa a respeito dos rendimentos do Tesouro japonês. “A reunião do BoJ hoje foi decepcionante. Cerca de dois terços dos analistas entrevistados pela Reuters esperavam que o Banco anunciasse uma redução nas compras de títulos na reunião de hoje. No entanto, o Banco só fará esse anúncio na próxima reunião em julho. O Banco quer primeiro ouvir as opiniões dos participantes do mercado e convidou os operadores de títulos para uma reunião”, afirma Marcel Thielant, chefe de economia da Ásia-Pacífico da Capital Economics.

“Os comentários do governador do BoJ, Kazuo Ueda, na coletiva de imprensa também foram bastante vagos. Embora Ueda tenha mencionado que a redução deve ser substancial, ele também enfatizou que o processo deve ser flexível e que não há certeza sobre quanto tempo a redução irá durar”, dizem os analistas da ING.

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Vanessa Zampronho / Safras News

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