Porto Alegre, 23 de janeiro de 2023 – O Banco do Japão (BoJ) divulgou neste domingo (22) a ata da reunião do dia 20 de dezembro, e nela, os membros reiteraram a decisão de manter a taxa de juros a -0,1%. Eles levaram em consideração a situação da economia global, que mostra sinais de desaceleração, e dos riscos que ela enfrenta.
“O ritmo de recuperação das economias estrangeiras vem diminuindo. Restrições do lado da oferta continuou a diminuir globalmente e isso sustentou as atividades de produção em todo o mundo; no entanto, além da pressão descendente sobre as economias avançadas decorrente de tal fatores como a inflação elevada e os aumentos da taxa básica de juros pelos bancos centrais, bem como o impacto da situação em torno da Ucrânia, tal pressão sobre a economia chinesa se intensificou desde a reunião anterior, principalmente para o consumo privado, refletindo o impacto do ressurgimento do Covid-19”, afirma o documento.
Ainda assim, a economia japonesa vem apresentando sinais de recuperação, com aumento das exportações. “As exportações de bens de capital vêm em trajetória de alta, sustentadas por elevados níveis de pedidos, embora os pedidos de equipamentos de produção de semicondutores, por exemplo, parecem ter mostrado sinais de desaceleração”.
Os lucros empresariais estão em ritmo de alta, assim como o investimento bancário no setor. “No que diz respeito às perspectivas, já que os lucros das empresas permaneceram em níveis elevados em geral, apesar de serem afetados por tais fatores como preços altos das commodities, o investimento fixo empresarial deve continuar aumentando, devido às condições financeiras acomodatícias e ao declínio das restrições do lado da oferta”.
Do lado dos investimentos nos títulos de 10 anos (os JGBs), o banco decidiu manter o rendimento em 0,5%. Mesmo com as condições no exterior em ritmo mais moderado, o BoJ decidiu manter a política acomodatícia de juros para atingir a estabilidade de preços. “O Banco apoia o financiamento, principalmente de empresas, e manter a estabilidade nos mercados financeiros e não hesitará em adotar medidas adicionais de flexibilização medidas se necessário”. Com informações da Agência CMA.
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Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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