Boi gordo tem pequena queda nos preços e já ensaia reação

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     Porto Alegre, 24 de julho de 2020 – Os preços do boi gordo apresentaram uma pequena correção para baixo nesta semana nas principais praças de produção e comercialização do Brasil.

    “Os frigoríficos tentaram exercer pressão ao longo da semana junto aos pecuaristas por preços mais baixos, mas não conseguiram avançar as escalas de abate de maneira satisfatória. Em um cenário de oferta apertada, já está se evidenciando um movimento de retomada dos preços vigentes nas semanas anteriores”, disse o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias.

    Segundo ele, a demanda de exportação permanece positiva ao longo do mês de julho, com uma participação bastante efetiva da China no mercado internacional de proteína animal. O país continua com déficit neste setor, com o rebanho suíno dizimado por surtos de Peste Suína Africana (PSA).

    “Já para a primeira quinzena de agosto, é grande o otimismo em relação ao consumo doméstico de carne bovina no Brasil, avaliando a celebração do Dia dos Pais como elemento motivador da demanda”, assinalou. A data é, ao lado do Ano-Novo, um dos grandes pontos de pico de consumo de carne bovina do ano

     Com isso, os preços a arroba do boi gordo na modalidade à prazo nas principais praças de comercialização do País estavam assim no dia 23 de julho:

* São Paulo (Capital) – R$ 219,00 a arroba, contra R$ 220,00 a arroba em 16 de julho (-0,45%).

* Goiás (Goiânia) – R$ 210,00 a arroba, ante R$ 211,00 a arroba (-0,47%).

* Minas Gerais (Uberaba) – R$ 216,00 a arroba, ante R$ 217,00 a arroba, recuando 0,46%.

* Mato Grosso do Sul (Dourados) – R$ 210,00 a arroba, ante R$ 212,00 a arroba (-0,94%).

* Mato Grosso (Cuiabá) – R$ 200,00 a arroba, inalterados.

Exportação

     As exportações de carne bovina fresca, refrigerada ou congelada do Brasil renderam US$ 390,479 milhões em junho (13 dias úteis), com média diária de US$ 30,037 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 95,375 mil toneladas, com média diária de 7,336 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 4.094,10.

    Na comparação com julho de 2019, houve ganho de 30,21% no valor médio diário, alta de 26,69% na quantidade média diária e avanço de 2,77% no preço médio.

     Os dados são da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

     Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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