Porto Alegre, 19 de junho de 2020 – O mercado do frango vivo voltou a se deparar com reajuste em seus preços. A tendência de curto prazo ainda é pela continuidade deste movimento, em linha com a boa reposição no restante da cadeia produtiva. A avaliação é do analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias.
Em relação aos custos de nutrição animal, a tendência é pela queda conforme avança a colheita do milho safrinha. Essa combinação de fatores leva a crer no alargamento da margem operacional, que foi bastante espremida ao longo do primeiro quadrimestre.
O mercado atacadista ainda se depara com preços firmes e a expectativa de curto prazo ainda remete a reajustes, mesmo que isso ocorra de maneira comedida. “Importante destacar a atuação da China nas importações em relação ao setor carnes brasileiro, levando as exportações do primeiro semestre a outro patamar, mitigando os efeitos da pandemia na formação dos preços domésticos”, ressalta o analista.
Exportações
As exportações de carne de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas do Brasil renderam US$ 189,842 milhões em junho (9 dias úteis), com média diária de US$ 21,093 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 148,78 mil toneladas, com média diária de 16,531 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 1.276,00.
Na comparação com junho de 2019, houve queda de 33,39% no valor médio diário, baixa de 15,05% na quantidade média diária e retração de 21,59% no preço médio. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços e foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.
Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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