Porto Alegre, 13 de março de 2020 – O mercado brasileiro de suínos teve uma semana de firmeza nos negócios entre o atacado e o varejo, o que favoreceu um cenário de melhora nos preços, tanto para o quilo vivo pago ao produtor quanto para os cortes.
Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Allan Maia, a partir da segunda quinzena o consumo tende a perder um pouco de força, com famílias menos capitalizadas. “Contudo, a perspectiva é de que as cotações ao longo da cadeia continuem sustentadas, considerando que a disponibilidade doméstica está equilibrada”, comenta.
O analista afirma que os granjeiros estão preocupados com o custo de produção, uma vez que o movimento de alta do preço do milho está intensificando no país, comprimindo as margens operacionais da atividade.
Levantamento de SAFRAS & Mercado apontou que a média de preços do quilo do suíno vivo na região Centro-Sul do Brasil passou de R$ 5,03 para R$ 5,13, alta de 2,06%. A média de preços pagos pelos cortes de pernil no atacado subiu 1,03%, de R$ 9,00 para R$ 9,09. A carcaça registrou um valor médio de R$ 8,46, aumento de 2,04% ante os R$ 8,29 praticados na semana anterior.
Segundo Maia, a forte desvalorização do real frente ao dólar é um fator que torna a carne suína brasileira bastante atrativa no mercado internacional. No entanto, vale destacar que a logística e portos travados na China, uma consequência do quadro do coronavírus, pode levá-los a comprar volumes discretos no mercado internacional no curto e médio prazo.
As exportações de carne suína “in natura” do Brasil renderam US$ 43 milhões em março (5 dias úteis), com média diária de US$ 8,6 milhões. A quantidade total exportada pelo país no período chegou a 17,5 mil toneladas, com média diária de 3,5 mil toneladas. O preço médio ficou em US$ 2.453,10.
Em relação a fevereiro, houve ganho de 8,1% na receita média diária, alta de 8,6% no volume diário e recuo de 0,5% no preço. Na comparação com março de 2019, houve aumento de 68,9% no valor médio diário exportado, ganho de 40,6% na quantidade média diária e elevação de 20,2% no preço. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços e foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.
A análise de preços de SAFRAS & Mercado apontou que a arroba suína em São Paulo subiu de R$ 108,00 para R$ 110,00. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo passou de R$ 4,20 para R$ 4,25. No interior do estado a cotação subiu de R$ 5,30 para R$ 5,45.
Em Santa Catarina o preço do quilo na integração avançou de R$ 4,20 para R$ 4,30. No interior catarinense, a cotação avançou de R$ 5,40 para R$ 5,55. No Paraná o quilo vivo seguiu em R$ 5,30 no mercado livre, enquanto na integração o quilo vivo continuou em R$ 4,60.
No Mato Grosso do Sul a cotação na integração seguiu em R$ 4,30, enquanto em Campo Grande o preço subiu de R$ 4,70 para R$ 4,75. Em Goiânia, o preço continuou em R$ 5,70. No interior de Minas Gerais o quilo do suíno teve alta de R$ 5,70 para R$ 5,90. No mercado independente mineiro, o preço passou de R$ 5,70 para R$ 5,90. Em Mato Grosso, o preço do quilo vivo em Rondonópolis avançou de R$ 4,50 para R$ 4,60. Já na integração do estado a cotação passou de R$ 4,10 para R$ 4,15.
Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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