Porto Alegre, 12 de maio de 2023 – O mercado brasileiro de boi andou “meio de lado” nos negócios ao longo da semana. Segundo a SAFRAS Consultoria, em São Paulo os preços até reagiram, mas a boa disponibilidade de oferta na região centro norte e o bom andamento das escalas de abate limitaram um movimento de recuperação nas cotações pagas pelo boi em grande parte das praças de comercialização do país.
Em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi a prazo ficou em R$ 270,00 no dia 11, contra os R$ 265,00 praticados na semana anterior. Em Dourados (MS), a arroba seguiu em R$ 245,00. Em Cuiabá (MT), a arroba avançou 0,40%, de R$ 247,00 para R$ 248,00. Em Uberaba (MG), o preço a prazo foi cotado a R$ 257,00 por arroba, sem mudanças frente à semana passada. Em Goiânia (GO), a indicação foi de R$ 235,00 para a arroba do boi gordo a prazo, queda de 4,08% frente aos R$ 245,00 praticados na última semana.
Preços dos cortes reagem no atacado
No atacado, segundo a SAFRAS Consultoria, os preços sinalizaram recuperação, acompanhando o movimento observado também na carne de frango e suína, em meio à expectativa de maior demanda no dia das Mães. A tendência, porém, é de que passada essa data, os preços no atacado possam voltar a enfraquecer, em meio ao tradicional movimento de menor demanda.
No atacado, os preços dos cortes de dianteiro acumularam uma valorização de 1,39%, sendo negociados ontem (11) por R$ 14,60 o quilo, contra os R$ 14,40 por quilo praticados na semana anterior. Já os cortes de traseiro tiveram um aumento de 0,76%, de R$ 19,65 o quilo para R$ 19,80 o quilo.
Exportações de carne bovina tentam reagir
As exportações de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada do Brasil renderam US$ 216,712 milhões em maio (4 dias úteis), com média diária de US$ 54,178 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 42,809 mil toneladas, com média diária de 10,702 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 5.062,30.
Em relação a maio de 2022, houve ganho de 21,2% no valor médio diário da exportação, alta de 54,5% na quantidade média diária exportada e desvalorização de 21,6% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.
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Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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