Porto Alegre, 30 de julho de 2021 – O mercado de frango vivo apresentou consistente movimento de alta ao longo do mês de julho. Para o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Iglesias, a tendência de curto prazo ainda remete para a continuidade desse cenário.
Iglesias afirma que os custos de nutrição animal permanecem preocupando o setor, considerando o recente comportamento dos preços do milho no mercado doméstico.
No mercado atacadista, os preços tiveram boa valorização ao longo do mês, com o ambiente de negócios sugerindo uma intensificação do movimento durante a primeira quinzena de agosto, período que conta com maior apelo ao consumo. “Além da entrada dos salários na economia há também o adicional de demanda relativo ao Dia dos Pais. Outro fator-chave é que a carne de frango ainda conta com a predileção do consumidor médio, algo compreensível na atual situação macroeconômica”, sinaliza.
De acordo com levantamento mensal de SAFRAS & Mercado, no atacado de São Paulo os preços tiveram alterações para os cortes congelados de frango. No atacado, o preço do quilo do peito passou de R$ 7,85 para R$ 8,75, o quilo da coxa de R$ 7,30 para R$ 7,85 e o quilo da asa de R$ 10,00 para R$ 10,70. Na distribuição, o preço do quilo do peito subiu de R$ 7,95 para R$ 9,00, o quilo da coxa de R$ 7,50 para 8,00 e o quilo da asa de R$ 10,10 para R$ 10,90.
Nos cortes resfriados vendidos no atacado, o cenário também foi de modificações durante o mês. No atacado, o preço do quilo do peito avançou de R$ 7,85 para R$ 8,85, o quilo da coxa de R$ 7,40 para R$ 7,95 e o quilo da asa de R$ 10,10 para R$ 10,80. Na distribuição, o preço do quilo do peito aumentou de R$ 8,05 para R$ 9,10, o quilo da coxa de R$ 7,60 para R$ 8,10 e o quilo da asa de R$ 10,20 para R$ 11,00.
As exportações de carne de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas do Brasil renderam US$ 535,944 milhões em julho (17 dias úteis), com média diária de US$ 31,526 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 312,766 mil toneladas, com média diária de 18,398 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 1.713,60.
Na comparação com julho de 2020, houve alta de 62,35% no valor médio diário, ganho de 25,47% na quantidade média diária e avanço de 29,4% no preço médio. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços e foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.
O levantamento mensal realizado por SAFRAS & Mercado nas principais praças de comercialização do Brasil apontou que, em Minas Gerais, o quilo vivo subiu de R$ 5,55 para R$ 5,90. Em São Paulo o quilo aumentou de R$ 5,55 para R$ 5,80.
Na integração catarinense a cotação do frango subiu de R$ 3,90 para R$ 4,00. No oeste do Paraná o preço passou de R$ 5,25 para R$ 5,50. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo avançou de R$ 5,10 para R$ 5,50.
No Mato Grosso do Sul o preço do quilo vivo do frango subiu de R$ 5,40 para R$ 5,80. Em Goiás o quilo vivo aumentou de R$ 5,40 para R$ 5,80. No Distrito Federal o quilo vivo mudou de R$ 5,50 para R$ 5,90.
Em Pernambuco, o quilo vivo passou de R$ 5,80 para R$ 6,20. No Ceará a cotação do quilo subiu de R$ 5,80 para R$ 6,20 e, no Pará, o quilo vivo aumentou de R$ 5,90 para R$ 6,30.
Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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