Porto Alegre, 18 de março de 2020 – Os preços dos contratos futuros de petróleo despencaram com a pandemia do novo coronavírus minando a demanda por energia no mundo em um momento no qual os investidores temem uma recessão global. Com isso, o WTI recuou mais de 24%, atingindo o menor nível em 18 anos.
Para conter a disseminação do vírus, países como Estados Unidos e Canadá, além da Europa e da Ásia, estão adotando medidas sem precedentes, o que derruba a demanda por petróleo, gasolina e derivados a medida que viagens são proibidas e a circulação de pessoas também.
Em meio a tantos sinais de demanda menor, Arábia Saudita e Rússia seguem engajadas em uma guerra de preços iniciada depois que Moscou se recusou a adotar limites adicionais de oferta no âmbito da Opep+, como é conhecido o grupo formado pelo cartel e seus aliados.
“O mercado de petróleo está prestes ficar inundador com barris excedentes”, disse o Bank of America em nota.
Relatórios do Goldman Sachs estimam que a demanda por petróleo já caiu em 8 milhões de barris por dia (bpd). Enquanto essa queda ocorre, o governo norte-americano informa um aumento na oferta doméstica da commodity.
De acordo com o Departamento de Energia dos Estados Unidos, a produção doméstica voltou a aumentar, alcançado 13,1 milhões de barris por dia. Já os estoques de petróleo do país subiram em 2,2 milhões de barris ante previsão de alta de 3,1 milhões de barris na semana de 13 de março. As reservas de gasolina de outros derivados caíram mais que o projetado.
Com isso, o preço do contrato do petróleo WTI negociado na Nymex e com entrega em abril caiu 24,42%, cotado a US$ 20,37 o barril, enquanto o preço do contrato do Brent negociado na plataforma ICE com entrega para maio recuou 13,40%, cotado a US$ 24,88 o barril.
As informações partem da Agência CMA.
Revisão: Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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